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Wallace Dantas

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Algumas palavras sobre o Amor

06/09/2017 às 16h27

Só reconhece o Amor quem nasceu para verdadeiramente amar.

Carlos Drummond de Andrade, em algum momento, disse que o amor é amor não importa como seja. Em outras palavras, o Amor é.

O Amor é o quê realizamos não o que sentimos. Amar significa, antes de tudo, agir. Falácias não acrescentam nada ao Amor. Amor é ação.. O Amor, sem ação, não vive!

O Amor é, antes de tudo, verdade. A verdade sustenta todas as formas do Amor, inclusive, as que ainda surgirão. A verdade é o princípio da dignidade humana diante de uma sociedade tão caótica como a atual. O Amor, portanto, só se torna digno se vier precedido da verdade, caso contrário, é mentira e tristeza, portanto, decepção.

O Amor é dois, podendo, em alguns casos, ser um… afinal o Eu pode amar a si próprio (deve, na verdade, ser assim antes de qualquer situação!). Convenhamos, porém, que quando o Amor vem em dois… tudo, absolutamente tudo, fica mais gostoso: seja o gesto, o olhar, a conversa, o sexo. Ah… o sexo com Amor é muito, muito bom. Na verdade, sexo com Amor, deixa de sê-lo e passa a ser o encontro de duas almas, de dois corpos se completando, trocando energias, trocando Amor. Afinal, o Amor sendo dois é troca, é partilha, é convivência.

O Amor é divino, é Deus. Deus é às vezes Amor, por proteger suas criações, acalentar o sofrimento daquele que é tido como sua imagem e semelhança. Por proteger mesmo aqueles que não O lembram, afinal, Deus independe de suas criações, mas delas sempre cuida, por compreender que Amor é também responsabilidade.

O Amor é recíproco, afinal de contas, Amor não se paga com ódio, mas com mais Amor. Amor é cumplicidade, amizade, irmandade e todos os “ade” possíveis terminando com o “ade” de felicidade, pois quem ama é feliz. Não havendo reciprocidade, Meu Amigo, não é Amor, é fingimento. Não vamos, portanto, confundir.

Lamentável, vez ou outra, nos depararmos com pessoas que dizem que amam quando, na verdade, sentem algo que não sabem reconhecer. Na incapacidade do reconhecimento, acredite, não é Amor; é qualquer outra “coisa”, menos Amor. Até porque, Amigos, quando o Amor vem, vem!, e por todos é reconhecido. Ou não! Só reconhece o Amor quem nasceu para verdadeiramente amar.

O Amor às vezes é gratuito. Às vezes, ele exige um preço alto. Às vezes, podemos explicar o Amor; às vezes não. Às vezes o Amor acaba, às vezes não. Às vezes o Amor é carinhoso; às vezes sadomasoquista. Geralmente, acontece entre homem e mulher, às vezes não. Não importa, seja como for, o Amor é Amor.

Nunca o Amor será egoísta, individualista, mesquinho, cruel, mentiroso, soberbo, arrogante, aterrorizante, mal, satânico, traiçoeiro, enganador, de duplo caráter, negativo, pesado, monstruoso. O Amor nunca estará onde o coração não estiver. O Amor jamais estará onde não houver alma.

O Amor nem sempre está perto e vivo. Nesses casos, importa apenas que houve, há e sempre haverá Amor, afinal, se for Amor realmente, o físico é questão de detalhe. Nesses casos, a morte não tem poder sobre o Amor. Ele vence a Morte porque tem poder de, mesmo com ela, continuar vivo. Ah… o Amor é vida em meio a morte!

O Amor não morre, mas pode acabar, para outro Amor surgir. O Amor é renovável para o bem da alma humana. O Amor traz experiências, vivências, momentos, vida. O Amor não mata, mas, vez ou outra, traz a vontade de matar: de cheiro, de beijo, de abraço, de afagos…

Independente de querermos, o Amor é. Se quisermos, ele será conosco, será para nós.

Só seremos alguém se tivermos a capacidade de verdadeiramente amar. Sem Amor, nada somos, mas o Amor continua sendo, porque ele é. O Amor é. Apenas é. É.

Wallace Dantas

Wallace Dantas

WALLACE DANTAS
Graduado em Letras/UFCG Especialista em Ensino de Português e Linguística/UFRN
Mestrando em Linguagem e Ensino/UFCG
Professor de Língua Portuguesa, Linguística, Português Jurídico e Metodologia Científica.

Contato: [email protected]

Wallace Dantas

Wallace Dantas

WALLACE DANTAS
Graduado em Letras/UFCG Especialista em Ensino de Português e Linguística/UFRN
Mestrando em Linguagem e Ensino/UFCG
Professor de Língua Portuguesa, Linguística, Português Jurídico e Metodologia Científica.

Contato: [email protected]

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