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Francisco Cartaxo

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Três patetas e a história do aeroporto de Cajazeiras

27/08/2017 às 10h55

A luta pelo aeroporto de Cajazeiras está nas páginas do Gazeta do Alto Piranhas, inclusive a ação d’Os três patetas. José Antônio de Albuquerquetransformou matérias publicadas no seu jornal na revista: A história do Aeroporto de Cajazeiras nas páginas do Gazeta. Trabalho paciente de pesquisador.Nas 70 páginas da revista se acham fotocopiadas notícias, declarações de autoridades, de técnicos, de políticos àcata de votos,comentários de colunistas. A pesquisa abrange os 18 anos de existência do Gazeta, que, a partir de outubro de 1999 passou a cobrar a construção do aeroporto,contando os dias da primeira promessafeita pelo governador daquela época.

Na revista há muitas fotos.

Fotos decaminhões a transportar terra, tratores e máquinas em trabalho de nivelamento do terreno ecolocaçãodo asfalto. Existe atéafoto de uma perfuratrizpara lembrar ao historiador do futuro que aquela pequena máquina trabalhava dia sim, e dois dias não,dando o ritmo da construção da pista do aeroporto. Ritmo tão lentoque instigou a criatividade do blog Sete Candeeiros Cajá, aousar a tartaruga voadora como símbolo das obras do aeroporto. Era tempo de descrença da população diante das promessas de políticos.

Promessas balofas.

O engodo chegava com fotos de homens de gravata. Sérios, derramavampalavras de apoio a Cajazeiras. Está tudo documentado nas páginas do Gazeta. Com paciência e espírito crítico, a gente separa a verdade da mentira. Mentiras transvestidas de declarações pomposas. O historiador do futuro vai se refestelar. E o leitor de hoje também.Exemplo. Um senador chegou a articular visita a Cajazeiras de empresários com o objetivo de implantar linhas comerciais, muito antes da homologação oficial do aeroporto!Aliás,o mesmo número do jornal informa que “o governo já licitou o projeto de iluminação do aeroporto, cujas serviços deverão ser iniciados ainda neste semestre”.Quando foi isso? Em maio de 2010!Mais de sete antes da conclusão do balizamento noturno! Taí a tartaruga de novo!

Está tudo narrado no Gazeta.

Ufa, em dezembro de 2016, com foto colorida do governador Ricardo Coutinho na escada do avião, o aeroporto é inaugurado. Parabéns, professor José Antônio, pelo inestimável serviço de reunir em 70 páginas tão importantes matérias.

Oxente, o aeroportojá foi inaugurado?

O “pateta” Alexandre Costa responde:

“Festa, comemorações, discursos, chororô, mas esqueceram de ler nas entrelinhas do documento da ANAC e verificar que o nosso aeroporto estava bichado. Estava impedido de operar com aeronaves movidas a jato e só permitia pouso e decolagens com pequenos aviões com baixa capacidade de passageiros. Hoje, agosto de 2017, trabalhamos para incluir Cajazeiras no PDAR – Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional, do governo federal, o que nos assegura investimentos maciços em sua ampliação e modernização. Com as obras do balizamento noturno recentemente concluídas cai a restrição para operação de aeronaves movidas a jato ficando ainda a restrição mais grave, a limitação para aeronaves de porte médio em função do PCN (PavimentClassificationNumber) da pista de pouso. Entendo que superadas estas restrições o próximo desafio é atrair empresas aéreas para implantar linhas regulares, benefício que tínhamos cinquenta anosatrás.”

O artigo de Alex Costa, Os três patetas(publicado na edição especial do Gazeta do Alto Piranhas, de 22 a 24 de agosto de 2017) conta outro pedaço da história. A luta continua.

Francisco Cartaxo

Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim foi secretário de planejamento do governo de Ivan Bichara, secretário-adjunto da fazenda de Pernambuco – governo de Miguel Arraes. É escritor, filiado à UBE/PE e membro-fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL. Autor de, entre outros livros, Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero.

Contato: [email protected]

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Francisco Sales Cartaxo Rolim foi secretário de planejamento do governo de Ivan Bichara, secretário-adjunto da fazenda de Pernambuco – governo de Miguel Arraes. É escritor, filiado à UBE/PE e membro-fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL. Autor de, entre outros livros, Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero.

Contato: [email protected]

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