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VÍDEO: Em entrevista a rádio de Cajazeiras, Lula compara ‘raiva’ entre os brasileiros a Flamengo x Vasco

Durante visita a João Pessoa no último fim de semana, o ex-presidente prestou entrevista ao programa Trem das Onze, da Rádio Alto Piranhas

Por Jocivan Pinheiro

28/08/2017 às 15h34 • atualizado em 28/08/2017 às 17h54

Durante visita a João Pessoa no último fim de semana, o ex-presidente Lula prestou entrevista exclusiva ao radialista Fernando Caldeira no programa Trem das Onze, da Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras, e na ocasião pediu mais união, respeito e tolerância entre os brasileiros que têm posicionamentos políticos diferentes. Lula acredita que o país só vai voltar a crescer quando os brasileiros se unirem em torno do mesmo ideal. O ex-presidente comparou a polarização política no Brasil a uma eterna briga entre torcedores de Flamengo e Vasco.

“É como se Flamengo e Vasco fosse jogar e o jogo nunca terminasse, as duas torcidas estivessem sempre brigando. Por conta da campanha de 2014, a política brasileira foi muito radicalizada, foi muito raivosa, ficou um clima muito pesado na sociedade, e o país não vai pra frente com esse clima. A gente não pode achar que a pessoa que não pensa igual a gente é pior do que a gente”, declarou.

Em seguida, Lula deu a entender que pretende mesmo voltar à presidência para tentar apaziguar os ânimos e fazer o país voltar a ser otimista e retomar o crescimento.

“Eu quero contribuir para ver se a gente consegue recuperar essa política de convivência democrática na adversidade. Esse país era o mais otimista do mundo e o que mais acreditava no futuro, vivia em êxtase consigo mesmo, e de repente a coisa degringolou. Eu acho que a obrigação de todos nós é restabelecer um clima de harmonia.”

VEJA TAMBÉM: Em João Pessoa, Lula fala sobre 2018: “Terão trabalho”

Lula discursa em João Pessoa (Foto: Ricardo Stucker)

Lula ainda criticou a tentativa da Defensoria Pública da Paraíba de evitar o fim do racionamento de água em Campina Grande. Ele acredita ter sido uma manobra influenciada por questões políticas, assim como a proibição da entrega do título de doutor honoris causa que ele receberia na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

“Eu fico imaginando como é que funciona a cabeça de uma pessoa dessas. As coisas ficaram assim, qualquer um se sente no direito de intervir no local do outro. Os poderes não se respeitam mais, não tem mais instituição com credibilidade no Brasil, está todo mundo desgastado.”

DIÁRIO DO SERTÃO

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