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Saúde Inicia Preparação Para Campanha de Vacinação Contra a Raiva Animal

A capacitação abrange todos os municípios do Estado e acontece na sede de cada uma das 12 Gerências Regionais de Saúde.

Por Priscila Belmont

14/09/2017 às 10h57

Campanha de Vacinação Contra a Raiva Animal

A Secretaria de Estado da Saúde (Ses), por meio do Núcleo de Controle de Zoonoses, iniciou as atividades de qualificação de profissionais para a próxima Campanha de Vacinação Contra Raiva Animal. A capacitação abrange todos os municípios do Estado e acontece na sede de cada uma das 12 Gerências Regionais de Saúde.

Serão qualificados profissionais da Atenção Básica, Vigilância Ambiental, Imunização e Veterinários. Eles receberão todas as informações sobre a campanha deste ano – critérios, informes técnicos, ajustes de metas e novas estratégias.

“O foco principal da qualificação é a proteção e promoção à saúde humana, que tem o cão como principal transmissor da raiva no ciclo urbano”, disse o chefe do Núcleo de Controle de Zoonoses da Ses, Francisco de Assis Azevedo.

Campanha – O Dia D da Campanha de Vacinação Contra a Raiva Animal acontece em 22 de outubro em todo o Estado. Alguns municípios antecipam a vacinação em áreas de difícil acesso para desenvolver as atividades e atingir melhor cobertura vacinal.

Deverão ser vacinados todos os cães e gatos a partir de 3 meses de idade. A meta é imunizar, ao todo, 714.284 animais – sendo 522.373 cães e 191.911 gatos. Após o Dia D, a Ses estabelece o prazo de 30 dias para atingir as metas.

“A vacina não tem contraindicação. Um detalhe importante é que, pelo nono ano consecutivo, a Paraíba usa agulhas e seringas descartáveis (uso único). Para a campanha deste ano, inclusive, as seringas já foram distribuídas para as regionais de saúde. Já as vacinas devem ser enviadas pelo Ministério da Saúde até a próxima semana, elas serão distribuídas para as regionais e em seguida para os municípios”, informou Francisco de Assis.

A doença – A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida ao homem por meio da mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas ou pele lesionada por animais raivosos, provocando uma encefalite viral aguda. A transmissão ocorre quando o vírus rábico existente na saliva do animal infectado penetra no organismo.

A doença acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais, e a única forma de evitá-la é pela vacinação anual, que não tem contra-indicação.

A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural, os bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos são os principais elementos transmissores da raiva; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins, macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo aéreo, os morcegos representam o maior perigo; e no ciclo urbano os principais elementos responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os cães e gatos.

Secom

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