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Natural de Cajazeiras, procurador do MP recebe título de cidadania recifense em solenidade prestigiada

Representantes do Ministério Público, secretários de Estado, deputados e profissionais do meio jurídico compareceram à solenidade.

Por Diário do Sertão

24/09/2017 às 12h25

Ivan Moraes entrega título de cidadão a Francisco Sales (Foto: Assessoria)

O Procurador de Justiça cajazeirense Francisco Sales de Albuquerque recebeu recebeu nessa sexta-feira (15), o título de cidadania recifense pelos relevantes serviços prestados à sociedade do Estado de Pernambuco.

Representantes do Ministério Público, secretários de Estado, deputados e profissionais do meio jurídico compareceram à solenidade. O vereador Ivan Moraes (PSOL) faz a entrega da comenda que já estava aprovada havia 11 anos. O requerimento que lhe deu cidadania recifense foi de autoria do então vereador Josenildo Sinésio.

A solenidade dessa sexta-feira foi presidida pelo vereador Chico Kiko (PP), que compôs a mesa com o desembargador José Ivo de Paula Guimarães, do Tribunal de Justiça de Pernambuco; o corregedor-geral do Ministério Público do Estado, Paulo Roberto Lapenda Figueiroa; o deputado federal Tadeu Alencar; deputado estadual Isaltino Nascimento; secretário de Desenvolvimento Social de Pernambuco, Roberto Franca. Os vereadores Ivan Moraes e Hélio Guabiraba (PRTB) conduziram o homenageado ao plenário da Câmara. Após ler um breve perfil do homenageado, Ivan Moraes passou a palavra ao ex-vereador Josenildo Sinésio. “Quero agradecer a Ivan Moraes pela gentileza. Quando esse título foi votado, eu queria fazer uma homenagem ao procurador pela sua luta em defesa dos movimentos sociais, em defesa da legalização fundiária das comunidades carentes do Recife, pelo empenho em favor do Prezeis. O procurador sempre foi uma figura simples e humilde. Finalmente, o título é entregue num momento solene”, afirmou.

Origens
Natural de Cajazeiras, na Paraíba, Francisco Sales nasceu no dia 15 de fevereiro de 1961 e é filho de Francisco Arcanjo de Albuquerque e Leopoldina Brito de Albuquerque (d. Maezinha). Formou-se em Direito em 1985. Tem quatro filhos. “A história da concessão dessa comenda tem um afetuoso enredo. Há mais de uma década eu fazia visita a esta Câmara, representando o Ministério público. Fui recebido por vereadores e falamos sobre política, educação e moradia. Também da Rádio Frei Caneca e da revista Arrecifes. Entre uma conversa e outra, falei que tinha recebido havia poucos dias, o título de cidadão pernambucano, por iniciativa do então deputado estadual Pedro Eurico. Foi então que me perguntaram de que cidade eu era. Brincando, eu respondi que era de Cajazeiras, a cidade que ensinou a Paraíba a ler. Dias depois, surgiu a proposta para eu também receber o título de cidadão recifense. Este é um dos mais importantes títulos que eu poderia desejar, inclusive por estar sendo entregue por um militante político”, contou.

Em seu discurso, o procurador Francisco Sales começou falando das origens de sua cidade, dos personagens históricos de Cajazeiras ao longo de séculos; depois, de sua família, sua infância, os estudos, a vinda para o Recife. Lembrou-se dos lugares que frequentava na adolescência, com os amigos, da sua juventude, as angústias estudantis numa época de autoritarismo político, as noites boêmias dos anos 1980, sua preferência pela obra do poeta Carlos Pena Filho, de quem declamou o poema “Chopp”. Em seguida, falou da faculdade de Direito, as lutas nos diretórios acadêmicos, depois o seu envolvimento em defesa dos mutuários do BNH, o ingresso no Gajop, a militância na advocacia popular, a luta pelos direitos pela posse da terra nas comunidades carentes e toda a trajetória até chegar ao Ministério Público.

Em sua biografia, Francisco Sales foi advogado militante na defesa dos Direitos Humanos em Pernambuco, em especial no Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop); Coordenador da Posse da Terra das Favelas do Recife, Assessor Especial para Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Justiça; procurador geral da Assistência Judiciária do Estado, atual Defensoria Pública; ingressou, em 1992, no Ministério Público, sendo Promotor de Justiça de Carnaíba, Poção, Cabo de Santo Agostinho, Abreu e Lima, Goiana e, finalmente, Recife, onde titularizou a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Público da Capital.

Francisco Sales foi assessor em Matéria Administrativa do Procurador Geral de Justiça (1995-1997); secretário geral do Ministério Público (1999-2002); e promovido a procurador de Justiça Cível em 2002. Eleito pela classe dos promotores e Procuradores de Justiça, por duas vezes, como o mais votado, foi também nomeado para o cargo de Procurador Geral de Justiça do Estado de Pernambuco nos biênios 2003 a 2005 e de 2005 a 2007.

É sócio efetivo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e recebeu, entre outras comendas, o Título de Cidadão de Pernambuco, em 2006; a Medalha do Mérito Guararapes, a Medalha do Mérito Penitenciário, a comenda Ícone dos Direitos Humanos do Estado de Pernambuco, e a Medalha Paula Batista Comenda do Clube dos Advogados de Pernambuco.

DIÁRIO DO SERTÃO com Câmara de Recife

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