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Governo do Estado inicia ação ‘Carnaval sem Mosquito’ em Campina Grande e litoral paraibano

A ação será realizada no período que antecede o carnaval nas áreas de praia de 12 municípios e em Campina Grande, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde para locais de eventos de massa e recebem nesse período muitos turistas.

Por Priscila Belmont

29/01/2018 às 18h53

Aedes aegypti (mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika)

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (SES), inicia nesta terça-feira (30), o ‘Carnaval sem Mosquito’, ação que tem por objetivo eliminar mosquitos Aedes aegypti adultos, por meio da utilização do carro Fumacê (pulverização espacial UBV pesado), em todo litoral paraibano. A ação será realizada no período que antecede o carnaval nas áreas de praia de 12 municípios e em Campina Grande, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde para locais de eventos de massa e recebem nesse período muitos turistas.

O calendário das ações do ‘Carnaval sem Mosquito’ é: Dia 30 de janeiro, Pitimbu e Conde; Dia 31 em João Pessoa; Em 1 e 2 de fevereiro, em Cabedelo; Dia 4 em Lucena; No dia 5 a ação acontecerá em Santa Rita e Rio Tinto; Dia 6 e, Marcação e Baia da Traição e dia 7 no município de Mataraca. Já Campina Grande a ação acontecerá dias 7, 8 e 9 de fevereiro.

A operação de Ultra Baixo Volume (UBV), popularmente conhecida por “fumacê”, consiste na aplicação espacial de soluções concentradas de inseticida, formando uma nuvem de aerosol, as quais vão impactar as diversas partes do mosquito por contato. Segundo o gerente de Vigilância Ambiental da SES, Geraldo Moreira, o período de carnaval aumenta o risco da contaminação por arboviroses. “No período de Carnaval, em geral, há um aglomerado de pessoas, usando roupas mais leves, ficando assim mais vulneráveis às picadas do Aedes aegypti (mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika). Com a possibilidade de chuvas e a maior quantidade de lixo nas ruas, aumentam as chances de potenciais criadouros do mosquito”, disse.

Geraldo ressaltou que Aedes aegypti é encontrado em todos os estados do país. “Se a pessoa vai para uma capital com grande carnaval de rua ou de praia, é picada e infectada pelo zika e volta para sua cidade, mas lá não há o mosquito, ela vai adoecer, se tratar, e tudo fica bem. Porém, se o local de origem tiver o Aedes, o mosquito pode picar essa pessoa, receber o vírus e introduzir a doença num local até então livre dela”, explicou.

Recomendações – É importante que as pessoas tentem se proteger e tomem medidas de precaução durante o carnaval. “Práticas educativas e de alertas para os foliões são tão bem-vindas como são estas mesmas práticas para a população em geral. Sem dúvida todos devem ser orientados a agir em seu próprio benefício suscitando, assim, uma mudança de comportamento, e consequente redução da vulnerabilidade”, disse Geraldo Moreira.

Para os foliões, as principais recomendações são colaborar no controle do mosquito, evitando deixar água parada, além do uso de preservativos nas relações sexuais. O uso de repelentes pode ajudar, desde que o produto seja reaplicado conforme as orientações do fabricante. Usar calça e camisas compridas também pode ajudar, diminuindo a área exposta ao mosquito – algo difícil de ser colocado em prática em meio às altas temperaturas dos blocos de rua.

Quanto às prefeituras, são recomendadas ações intensificadas de controle do mosquito, além de uma preparação das Unidades de Saúde Pública e cartilhas informativas, alertando sobre riscos, a necessidade de se proteger, além das orientações de procurar atendimento médico o mais rápido possível em caso de febre sem indicações claras de outras infecções.

Dados – De acordo com o Boletim Epidemiológico relacionado às arboviroses (doenças transmitidas por insetos), do período de janeiro a dezembro de 2017 (52ª semana epidemiológica), os números de dengue, zika e chikungunya continuam diminuindo na Paraíba.

No caso da dengue, houve uma redução drástica de mais de 90% em relação a 2016. Na 52ª semana epidemiológica foram notificados 4.415 casos suspeitos de dengue. Em 2014, 2015 e 2016 foram registrados, respectivamente, 7.647, 30.178 e 44.517 casos. Quanto à chikungunya, foram notificados 1.821 casos; em 2016, foram 21.486 casos suspeitos. Ainda foram registrados 195 casos de Zika, enquanto em 2016, foram contabilizados 4.924 casos.

Secom PB

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