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”Tentar persuadir pela violência é extremamente perigoso”, afirma José Maranhão

O senador comentou a realidade que vem sendo enfrentada em todo o país, sobre a decisão do governo federal de usar o exército para combater os bloqueios das estradas.

Por Redação Diário

25/05/2018 às 08h35 • atualizado em 30/05/2018 às 19h39

Senador do MDB paraibano, José Maranhão

O jornalista Gutemberg Cardoso entrevistou nesta sexta-feira(25) o senador e pré-candidato ao governo do estado, José Maranhão (MDB) que falou sobre a visão vigente em Brasília da atual crise que o país vem vivendo com os protestos contra o aumento do preço dos combustíveis. O senador comentou a realidade que vem sendo enfrentada em todo o país, sobre a decisão do governo federal de usar o exército para combater os bloqueios das estradas e alguns dos motivos que em sua opinião teriam levado a Petrobras para a atual situação de dificuldade.

Segundo Maranhão, o Congresso Federal estaria totalmente solidarizado com a situação que vem se vivenciando nas ruas e definiu o momento vivido na nação como um momento de muita luta. Ele afirmou que apesar da decisão final durante crises como essa serem do executivo nacional, mas o congresso teria adotado uma postura combativa e estaria impregnado pelo sentimento das ruas de luta que extrapolariam os limites de uma categoria profissional.

Maranhão foi muito direto ao afirmar que os preços dos combustíveis praticados no Brasil atualmente seriam injustos e que um simples comparativos com qualquer outros país produtor no mundo seriam suficientes para notar que a realidade do país é impraticável. O senador afirmou que ver a atual situação do país o entristeceria, pois o lembrava de que durante a juventude teria ido as ruas lutar para que o país possuísse uma realidade de autonomia de energia fóssil, mas que tudo isso teria esvaído com no abandono que a Petrobras sofreu durante os últimos vinte anos.

Para ele uma das principais causas deste momento enfrentado por todo o Brasil seriam as negociatas nas quais a Petrobrás teria sido envolvida por pessoas com interesses escusos e usou como exemplo a compra da refinaria de Pasadena e com a qual a estatal teria sofrido uma grande perda financeira. Sobre a grande aceitação popular dos protestos iniciados pela categoria dos caminhoneiros, Maranhão afirmou que isso se deveria ao fato de que hoje o carro não trata-se mais de um item de luxo, mas sim de uma necessidade básica para pessoas de todas as classes e que sentiriam também o impacto do aumento do aumento dos combustíveis.

Sobre a decisão do Governo Federal de conclamar o exército para por fim aos bloqueios que estão sendo realizados nas estradas nacionais, o senador definiu com extremamente infeliz e que ao invés disso o executivo deveria ter sido ágil para apresentar uma solução eficiente e que fosse aceita pelas categorias. ”O direito de greve é constitucionalmente garantido ao povo, o recurso de persuadir pela violência é extremamente perigosa e pode gerar efeitos diversos e inesperados”.

Para Maranhão o Governo Federal foi lento a tomar qualquer decisão e por causa disso teria perdido o primeiro tempo do jogo, deixando a crise crescer que o fará pagar um preço ainda maior pela crise atual, ”o exagero não levará a nada”. Outro motivo apontado por ele para a crise seria a forma como a estatal foi administrada: ”Petrobrás foi mal administrada em parte por deslumbramento e em parte por desonestidade, pois quando falamos desta empresa falamos de uma das maiores riquezas nacionais”.

Segundo ele uma das soluções para combater realidades como esta que o Brasil vive atualmente seria a criação de algum mecanismo governamental que compense a variação do preço do barril do petróleo no mercado internacional. Maranhão também apontou para a urgência na necessidade de se criar novas refinarias de petróleo que permitam que nosso país refine todo o óleo extraído no país.

PORTAL DIÁRIO com Polêmica Paraíba

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