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‘Volto rápido, eu prometo’: as últimas mensagens de médica que morreu da COVID-19

Aos familiares e amigos das vítimas da covid-19, restam a saudade e as lembranças.

Por Campelo Sousa

11/10/2020 às 09h02 • atualizado em 11/10/2020 às 09h07

Pouco antes de ser intubada, a médica Monique Batista enviou mensagens ao noivo (Foto: Arquivo Pessoal)

“Eu volto rápido”, escreveu a médica Monique Batista, de 29 anos, em mensagem enviada ao marido por meio do WhatsApp, pouco antes de ser intubada. Semanas depois, ela morreu em decorrência das complicações da covid-19.

Monique é uma das milhares de vítimas do novo coronavírus no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o país já registrou quase 150 mil mortes pela covid-19 — o primeiro óbito ocorreu em 12 de março, conforme a pasta.

Em todo o mundo, mais de 1 milhão de pessoas já morreram em decorrência da doença causada pelo coronavírus. O Brasil é o segundo país com mais óbitos pela covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que já registrou mais de 210 mil mortes.

Em meio aos números de mortos pelo vírus, há a noiva do Arthur e tantas outras histórias.

Aos familiares e amigos das vítimas da covid-19, restam a saudade e as lembranças. Em decorrência do isolamento imposto a pacientes com o coronavírus e da intubação adotada em casos graves, milhares de pessoas não conseguiram dar o último adeus.

Antes de ser intubada, Monique escreveu mensagens (nos balões brancos) com pedido para Arthur cuidar da irmã caçula dela e disse que logo voltaria

Para muitos parentes e amigos, as mensagens trocadas por meio de aplicativos estão entre as últimas recordações. À BBC News Brasil, pessoas que perderam entes queridos mostram algumas das últimas mensagens trocadas, que ajudam a dar dimensão humana à tragédia por trás dos números.

Monique Batista se formou em Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em meados de 2019. Desde o início da pandemia de covid-19, ela estava na linha de frente do combate à doença, na cidade de Campo Verde (MT).

“O sonho da vida dela, desde a infância, sempre foi ser médica. Ela era extremamente prestativa e, mesmo sendo asmática, nunca pensou em parar de trabalhar quando a pandemia começou”, diz o engenheiro agrônomo Arthur Varmeling, noivo da médica.

PORTAL DIÁRIO com BBC News

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