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Manifestação em apoio a Lula tem confronto com PM e 4 feridos em JP; deputado também ficou ferido

Confronto com Polícia Militar deixou pelo menos um policial e três manifestantes feridos, incluindo um deputado estadual.

Por Diário do Sertão

24/01/2018 às 12h47

Manifestante foi atingido no pescoço por bala de borracha em João Pessoa (Foto: André Resende/G1)

Uma caminhada em João Pessoa em apoio ao ex-presidente Lula, que tem um recurso julgado nesta quarta-feira (24) no TRF-4 no caso do triplex do Guarujá, resultou em confronto entre a Polícia Militar e manifestantes. Quando o ato público chegou à frente da sede da Justiça Federal em João Pessoa, participantes do ato tentaram forçar o portão para entrar no local. Houve conflito com a Polícia Militar, resultando em pelo menos um policial e três manifestantes feridos – sendo um deles o deputado estadual Frei Anastácio (PT).

Dois manifestantes e o policial foram levados para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Todos foram atendidos e seguiam internados em estado regular até as 11h (horário local). O deputado Frei Anastácio foi atingido na testa por uma bala de borracha, mas continuou no local e não precisou de atendimento médico.

Inicialmente, o G1 informou que quatro pessoas haviam sido presas no local. O coronel Sena, da Polícia Militar, responsável pelas negociações para o fim do tumulto, negou que tenha havido detidos, mas informou que detalhes sobre a ação policial serão dados oficialmente pela assessoria da PM posteriormente. Até as 12h30, a assessoria não se posicionou sobre o assunto. A confusão foi encerrada por volta das 11h.

Deputado estadual Frei Anastácio (PT) foi ferido na testa por bala de borracha durante manifestação em favor do ex-presidente Lula, em João Pessoa (Foto: André Resende/G1)

Confronto entre manifestantes e Polícia Militar
A caminhada saiu por volta das 9h (horário local) da Praça João Pessoa, no Centro da cidade, onde fica a sede dos Três Poderes, e seria encerrada ao chegar à sede da Justiça Federal, que fica no bairro de Pedro Gondim, na capital.

A estimativa da organização é de que, pelo menos, 500 pessoas tenha ido para a concentração do ato, e a expectativa era de reunir até 2 mil pessoas até o fim da caminhada. A Polícia Militar informou que não está divulgando estimativa dos participantes na manifestação.

O tumulto começou por volta das 10h30 (horário local) após a chegada ao ponto final da caminhada, quando algumas pessoas tentaram forçar a entrada no prédio da Justiça Federal.

Um confronto se iniciou com manifestantes atirando pedras e a polícia atirando balas de borracha e bombas de efeito moral. Manifestantes foram feridos por balas de borracha e um policial sofreu uma pedrada na cabeça.

“É uma mobilização nacional muito grande, foi uma vitória dos movimentos sociais que nós realizamos no país de ontem para hoje. João Pessoa organizou sua atividade, estamos em vigília aqui desde ontem e várias cidades da Paraíba organizaram atividades. É uma data importante para o PT e para a democracia brasileira, nós acreditamos na absolvição do presidente, e temos certeza que todo esse movimento que realizamos não foi em vão, foi importante, porque a pressão popular é que vai garantir a presença do presidente Lula nas urnas”, disse o presidente do PT na Paraíba, Jackson Macedo.

Em Campina Grande
O ato em apoio ao ex-presidente Lula, em Campina Grande acontece na praça, que fica localizada no Complexo Judiciário de Campina Grande. De acordo com os organizadores, cerca de 100 pessoa participam da concentração no local. Os manifestantes realizam discursos no local, mas não há previsão de caminhada ou outros atos programados. A Polícia Militar está presente para fazer a segurança, mas não divulgou estimativa de participantes.

Em Campina Grande manifestantes se reuniram em uma praça em frente ao Complexo Judiciário de CG (Foto: Marina Cavalcanti/G1)

Julgamento do recurso
O julgamento do recurso apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex em Guarujá está sendo realizado na sede do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4). A data foi marcada nesta terça-feira (12) pela 8ª Turma da corte, com sede em Porto Alegre. Em nota, a defesa de Lula criticou a “tramitação recorde” do processo (leia a íntegra mais abaixo).

Em julho, Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo envolvendo o triplex. A acusação foi de ocultação da propriedade do imóvel, recebido como propina da empreiteira OAS em troca de favores na Petrobras. Outros dois réus no mesmo processo também foram condenados, e quatro, absolvidos.

A Justiça Federal no Paraná também determinou o bloqueio de R$ 16 milhões, estabelecido como dano mínimo, e o sequestro do apartamento. Lula também teve bloqueados mais de R$ 600 mil de contas bancárias e cerca de R$ 9 milhões que estavam depositados em dois planos de previdência privada. A sentença publicada no dia 12 de julho permite que o petista recorra em liberdade.

G1

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