header top bar

section content

Comissão do Senado aprova projeto de Lira que garante mais recursos do salário-educação para estados menos favorecidos

O Projeto elimina o cálculo de acordo com a arrecadação e estabelece que o critério do número de matrícula incidirá sobre a totalidade dos recursos.

Por Diário do Sertão

17/02/2016 às 08h29

Senador da Paraíba, Raimundo Lira (PMDB)

Reduzir as desigualdades regionais e melhorar a qualidade da educação brasileira. Estas são as metas do Projeto de Lei do Senado (PLS) 282/2015, do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que foi aprovado nesta terça-feira (16) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). O texto, relatado pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN), altera os critérios para a distribuição dos recursos do salário-educação.

A relatora, que deu parecer favorável, disse à Agência Senado que a nova fórmula proposta por Lira é mais justa, pois haverá mudança no modelo que atualmente beneficia estados com mais atividade econômica e maior arrecadação tributária.

Atualmente, 10% do montante arrecadado são destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para serem aplicados livremente na educação básica. O restante é distribuído da seguinte maneira: 30% para o FNDE, especificamente para redução das desigualdades regionais na educação básica; e 60% para as secretarias de educação estaduais e municipais para financiar a educação básica.

O problema é que o cálculo para a distribuição dos recursos entre os entes federados é feito, primeiramente, de modo proporcional à arrecadação e só depois de acordo com o número de matrículas de cada estado e município na educação básica. Ou seja, quem arrecadou mais recebe mais. O Projeto elimina o cálculo de acordo com a arrecadação e estabelece que o critério do número de matrícula incidirá sobre a totalidade dos recursos.

O texto final determina que, do montante arrecadado de salário-educação, a União receberá 40% do total, que serão destinados ao FNDE para redução das desigualdades socioeducacionais. Os outros 60% deverão ser distribuídos para estados e municípios, exclusivamente de modo proporcional ao número de matrículas na educação básica, conforme o censo escolar mais atualizado, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os valores devem ser creditados mensalmente e de forma automática.

Defesa – O projeto, que será analisado agora pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), já foi defendido por Lira na Tribuna do Senado e visa, segundo ele, dar mais condições aos municípios brasileiros, a partir desta melhor distribuição dos recursos da Nação. O foco da propositura é uma educação de qualidade e gratuita para todos os brasileiros, conforme defendeu o senador paraibano.

Raimundo Lira enfatizou que é dever do Congresso Nacional trabalhar pela construção de uma sociedade justa, igualitária, além de erradicar a pobreza e a marginalização, e reduzir as desigualdades locais e regionais, bem como promover o bem de todos.

Ele destacou a importância do salário-educação e lamentou que as regras atuais de distribuição favoreçam estados de maior arrecadação tributária. “Com esta iniciativa, buscamos minimizar os desequilíbrios distributivos no âmbito específico da Educação”.

Assessoria de Imprensa

Recomendado pelo Google: