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VÍDEO: Marcha das Mulheres participa de evento em Cajazeiras e convida para Escola de Formação Feminista

A Marcha Mundial das Mulheres atua em Cajazeiras há mais de 10 anos buscando a reivindicação dos direitos das mulheres na participação política, nos espaços de poder, nas propostas de políticas públicas, entre outros

Por Priscila Tavares

10/03/2023 às 17h51 • atualizado em 10/03/2023 às 18h10

A reportagem da TV Diário do Sertão esteve com as representantes da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) Núcleo Fátima Cartaxo no evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher promovido pela Prefeitura de Cajazeiras na Praça do Leblon.

Maria Elza Gomes é professora, representante do Centro de Defesa da Mulher (CDM) Márcia Barbosa e da MMM e gestora de Políticas Públicas para Mulheres no município de Triunfo. Neidinha Alves é professora e também militante da Marcha. Elaine Alves também é professora e militante do movimento. Elas estiveram presentes no evento falando sobre a atuação da Marcha na cidade e seu papel dentro da sociedade.

“É um movimento de auto-organização das mulheres; nós atuamos no debate, na proposta de políticas públicas para as mulheres, no debate a respeito das violências, nas reivindicações de equipamentos, por exemplo: a existência hoje, na cidade de Cajazeiras, de uma delegacia especializada em atendimento a mulher é resultado da luta dos movimentos feministas de mulheres da cidade e da Marcha Mundial das Mulheres, juntamente com o CDM Márcia Barbosa”, ressaltou Neidinha.

Ela explicou sobre a atuação do movimento feminista que busca reivindicar os direitos das mulheres na participação política e espaços de poder. Neidinha lamenta o processo de desestruturação das políticas públicas para mulheres no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“A gente viu como foi complicado, no governo passado, que tivemos as políticas públicas para as mulheres desestruturadas. Agora nós estamos buscando reestruturar essas políticas, porque ainda é necessário que exista esses equipamentos, uma casa abrigo, formação para os agentes públicos de saúde, de educação para que a gente possa, a partir daí, construir uma sociedade livre de violência. É possível de construir, mas é possível a partir do momento em que nós, enquanto sociedade, nos diversos setores, comecemos a desconstruir o machismo que existe em nós mesmos, homens e mulheres”, destacou a militante.

Elza Gomes, representante do CDM Márcia Barbosa e da MMM (Foto: Alberto Filho/ TVDS)

Elza Gomes, representante do movimento, em discurso para todos os presentes, falou da importância da ocupação feminina nos espaços de convivência e de fala.

“A gente quer que as mulheres continuem tendo estas oportunidades, a praça também é lugar da mulher, porque assim como disse Luzia: o nosso lugar é onde quisermos estar. A gente muitas vezes precisa ocupar as praças para sermos ouvidas. Quantas e quantas vezes nós, eu, Neidinha, Elaine, muitas outras companheiras, Elinete, não estamos por essas ruas e avenidas segurando bandeiras, bandeiras que nós defendemos, nós defendemos a nossa liberdade, nós defendemos respeito”, disse a representante.

A professora destacou a necessidade de identificação do machismo nas relações familiares, na comunidade e na sociedade como um todo.

“O direito a vida é responsabilidade de cada uma de nós e é preciso a gente enfrentar essa violência, é preciso também a gente identificar dentro de casa se o nosso companheiro está sendo um agressor disfarçado, se os nossos filhos estão sendo educados para serem machistas, tudo passa por a nossa educação familiar e escolar também e a nossa relação na rua, na comunidade, no bairro em que moramos”, falou Elza.

Escola de Formação Feminista

A professora Neidinha aproveitou para fazer o convite a todas as mulheres para participar da Escola de Formação Feminista que acontecerá no dia 01 de abril de 2023.

“A Escola de Formação Feminista é um evento aberto para todas as mulheres; nós iremos discutir sobre o feminismo no Brasil, recuperar um pouco do histórico, do que é a Marcha Mundial das Mulheres, o que é esse feminismo, porque o nosso feminismo é antirracista, antipatriarcal, que pensa que só conseguiremos avançar, vencer e evoluir enquanto sociedade quando todas nós, mulheres, estivermos livres”, disse.

O evento acontecerá no dia 01 de abril no SINTEP (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba). As inscrições podem ser realizadas pelo Instagram da Marcha @marchamulherescz ou pelos telefones das militantes.

Telefone para inscrição: Elza Gomes – (83) 99317-4720; Neidinha Alves – (83)99307-8800; Elaine Alves – (83) 99680-8823.

Endereço: rua Higino Rolim, 64, Centro de Cajazeiras;

Horário: das 13:00 às 18:00;

DIÁRIO DO SERTTÃO

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