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VÍDEO: Presidente da APA explica fenômeno visto no céu do Sertão e descarta chuva de meteoros; entenda

Em conjunto com a BRAMON - Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, a Associação Paraibana de Astronomia detectou que as aparições foram vistas desde o estado de Goiás até o Rio Grande do Norte

Por Luiz Adriano

23/12/2023 às 14h29 • atualizado em 23/12/2023 às 14h32

O presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), Marcelo Zurita, disse que os sinais vistos nos céus de várias cidades do Sertão da Paraíba na noite desta sexta-feira (22), trata-se de lixo espacial de um foguete chinês, que teria sido lançado em 2018 e reentrado na atmosfera da Terra.

Ele explicou que não tem haver com meteoros assim como havia sido sugerido pela maioria das pessoas que inclusive, coincidentemente, os fogos nos ares nordestino surgiu exatamente na noite em que o Royal Museums Greenwich havia anunciado uma suposta chuva de meteoros.

Em conjunto com a BRAMON – Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, a Associação Paraibana de Astronomia detectou que as aparições foram vistas desde o estado de Goiás até o Rio Grande do Norte.

Marcelo disse que após análise dos vídeos e dos relatos de vários estados, a conclusão resultou em que o fenômeno foi provocado pela reentrada de lixo espacial na atmosfera da Terra, mas precisamente do segundo estágio do foguete chinês Longa Marcha 2C, lançado em 25 de fevereiro de 2018.

Conforme o astronauta paraibano, o objeto pesava cerca de 3 toneladas e reentrou na atmosfera a aproximadamente 26 mil km/h. “Como isso ocorre em altitudes muito elevadas geralmente entre 100 e 70 km acima do solo, o fenômeno pode ser visto de longas distâncias”, explicou.

Os sinais de fogo foram vistos em várias cidades da Paraíba

Ele falou que as possibilidades do lixo espacial atingir o solo, são mínimas, mas segundo as explicações, não são descartadas.

“Apesar de parecer assustador, entradas como esta não oferecem grandes riscos. A maior parte do corpo do foguete é completamente vaporizado durante a passagem atmosférica, agora, cerca de 30% do material acaba resistindo e pode realmente atingir alguma residência ou até mesmo alguma pessoa. Os riscos são muito baixos, mas como a quantidade de lançamentos e consequentemente de material reentrando na atmosfera vem aumentando nos últimos anos, isso pode ser uma preocupação real em um futuro próximo”, enfatizou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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