VÍDEO: Professor lamenta baixo índice de aprendizado de Matemática e alerta: “Precisa de ações para superar”
Apenas 5% dos alunos do 3º ano do ensino médio alcançaram aprendizado adequado em matemática no Brasil, segundo dados atualizados pelo Iede no portal QEdu
Apenas 5% dos alunos do 3º ano do ensino médio alcançaram aprendizado adequado em matemática no Brasil, segundo dados atualizados pelo Iede no portal QEdu, com base nos resultados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) de 2023. O índice repete o cenário crítico de 2021 e reforça a dificuldade persistente do país em garantir uma formação matemática eficaz.
A baixa proficiência preocupa especialistas, como o professor Aureliano Vidal, coordenador do curso de Matemática do IFPB – Campus Cajazeiras. Em entrevista ao programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, ele comentou o desempenho alarmante.
“De fato é lamentável resultados tão pequenos para uma disciplina tão importante como é a Matemática. Esses dados foram divulgados pelo site, é o site que faz um levantamento de todos os dados escolares de todos os níveis educacionais, e aí tem os níveis de classificação.”
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Vidal destacou ainda o papel da matemática no desenvolvimento cognitivo dos estudantes e defendeu ações urgentes para reverter o quadro.
“Matemática é habilidade de resolver problemas. A função da matemática dentro do currículo é desenvolver a habilidade. Então, 5% para o terceiro ano do ensino médio é desempenho muito baixo, e exige-se que seja realizada diversas ações para supera esse problema”, afirmou.
A desigualdade racial também está presente nos resultados: entre estudantes brancos, 8% tiveram aprendizado adequado; entre os pretos, o percentual cai para 3%. Além disso, 59% dos estudantes do 3º ano do ensino médio estão no nível “insuficiente” em matemática, o mais baixo da escala. Em língua portuguesa, esse índice é de 33%.
No período de 2019 a 2023, apenas quatro estados apresentaram avanços em matemática (Ceará, Goiás, Alagoas e Maranhão), com variações inferiores a 0,5 ponto percentual. Já em língua portuguesa, 11 estados mostraram melhora.
O QEdu também expõe disparidades por nível socioeconômico: no 5º ano, 52% dos alunos de alto NSE têm aprendizado adequado em matemática, contra 32% dos de baixo NSE.
Vidal concluiu chamando atenção para a estagnação dos resultados. “Em 2021, era 5%, e em 2023, 5,2% ainda com o resultado pós pandemia”, comentou durante a entrevista.
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