Aldeone sugere que FPF não proclame o campeão de 2018 e afaste os investigados
Dirigente do Sousa recomenda que todos os alvos da Operação Cartola, inclusive Amadeu Rodrigues, se desliguem dos cargos até o final das investigações da Polícia Civil e do Ministério Público
Um dos nomes mais icônicos do futebol paraibano, o presidente do Sousa, Aldeone Abrantes, se pronunciou sobre a Operação Cartola, na qual a Polícia Civil e o Ministério Público estão investigando um possível esquema de corrupção no futebol da Paraíba, um caso que envolve tanto a Federação Paraibana de Futebol (FPF) quanto alguns clubes, dirigentes e árbitros.
De acordo com o mandatário do Dinossauro, todos os citados no caso, incluindo Amadeu Rodrigues, que é presidente da FPF, deveriam se afastar até o fim do processo. E, mais do que isso, para Aldeone, o campeão do Campeonato Paraibano de 2018 e as equipes representantes do Estado na Copa do Brasil, na Copa do Nordeste e no Brasileiro da Série D de 2019 não devem ser proclamados até que a investigação seja concluída.
Aldeone ressalta que a edição deste ano do estadual está em xeque após esse escândalo e, por isso, não é possível dar por encerrada a competição.
– Eu não sei quem é culpado ou quem não é. Mas, no momento, a Federação não pode proclamar nenhum campeão, em virtude da abertura desse inquérito. Da mesma forma que também não pode definir os clubes que vão disputar a Copa do Brasil, a Copa do Nordeste e o Brasileiro da Série D do ano que vem – afirmou o presidente do Sousa.
Vale ressaltar que, dentro de campo, o Campeonato Paraibano chegou ao fim nesse domingo, com o triunfo do Botafogo-PB sobre o Campinense. O Belo, o campeão, e a Raposa, o vice, estão garantidos na Copa do Nordeste e Pré-Copa do Nordeste, respectivamente, e também na Copa do Brasil. O Rubro-Negro, inclusive, é um dos clubes classificados para o Campeonato Brasileiro da Série D de 2019.
Além da dupla, o Serrano-PB, que ficou na terceira colocação, garantiu uma vaga na quarta divisão nacional no ano que vem, junto com o Campinense.
Mais do que sugerir que não seja feita, ainda, uma proclamação oficial desses clubes, Aldeone Abrantes foi além e recomendou que todos os nomes citados pela Polícia Civil como alvos da operação e fazem parte da FPF se afastem dos seus cargos até que as investigações sejam concluídas
– Eu acredito que a FPF precisa afastar quem foi citado no processo. Tanto os dirigentes quanto os árbitros. Acho que o próprio presidente da Federação (Amadeu Rodrigues) poderia entrar de licença.
A Operação Cartola, divulgada nesta segunda-feira, investiga um possível esquema de corrupção no futebol da Paraíba, no tocante à manipulação de resultados. Somente nesta manhã, a Polícia Civil cumpriu 39 mandados de busca e apreensão na Federação Paraibana de Futebol e nos principais clubes do estado. A ex-presidente da FPF, Rosilene Gomes, também é alvo da investigação.
Entre os representantes da Federação que são alvo da investigação, além de Amadeu Rodrigues, estão o diretor jurídico Marcos Souto Maior Filho, o diretor de competições José Araújo da Penha e outros dois funcionários.
O presidente da Comissão de Arbitragem, José Renato, o diretor de arbitragem da FPF, Severino Lemos, e mais 11 árbitros também foram citados na operação.
Entre os clubes investigados, estão Botafogo-PB, Campinense, Treze, CSP e Atlético de Cajazeiras. Por fim, também foram citados alguns dirigentes dessas equipes, sendo cinco do Belo, três do Galo, um da Raposa, e um do Tigre.
Aldeone Abrante reforçou que, apesar de ser considerado um nome polêmico no futebol do estado, não foi citado entre os alvos.
– Há muito que a gente vem questionando essas coisas. Eu sempre levei o nome de polêmico, problemático, de um cara que reclama sem ter razão. E o tempo se encarrega das coisas, como dizia Paulo Coelho – completou o dirigente.
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