Organizador da Copa CajaFutsal chora ao falar sobre confusão e diz que vândalos se infiltraram nas torcidas

O engenheiro civil Alison Tôrres, organizador da Copa CajaFutsal, campeonato de futsal de Cajazeiras e região, que teve a final marcada por pancadaria na noite da última sexta-feira (23), no ginásio da Faculdade Católica da Paraíba, em Cajazeiras, se pronunciou nas redes sociais do certame e fez esclarecimentos sobre o ocorrido.

Alison esclareceu que a Instituição de Ensino não tem nenhuma responsabilidade sobre o ocorrido. Ele também explicou que todas as medidas para realização do evento foram tomadas e que no momento do início da confusão havia uma guarnição da Polícia Militar no local, mas devido ao pouco número de policiais, os PMs não puderam intervir.

“Desde o ofício para a polícia, desde a ligação antes de iniciar o evento para a polícia, e tinha uma guarnição fora, eles não entraram porque estavam com um contingente pequeno, com apenas dois homens”, disse Alison.

Ainda conforme o relato do organizador, o tulmuto foi gerado por vândalos que não faziam parte das torcidas. “Depois com doze minutos de partida chegaram elementos, vagabundos que vieram com intuito de brigar, destruir o evento, que não tinha nada haver com torcida organizada de nenhum time aqui de Cajazeiras. Apenas estavam os nosso familiares, amigos e pessoas presentes que queriam assistir a competição”, pontuou.

Ele disse que quando os suspeitos adentraram no ginásio, novamente a polícia foi acionada. “Passaram 19 minutos até o início da confusão, e a guarnição não conseguiu chegar a tempo por outras ocorrências”, acrescentou.

Alison Tôrres lamentou e desabafou emocionado sobre o sentimento de frustração diante do ocorrido. “Aconteceu um ato de vandalismo, de barbárie que nós abominamos, e eu estou aqui muito triste, porque todo sacrifício que a gente faz, toda luta que a gente enfrenta em prol do esporte, em prol da causa social, em prol de tudo, com muito amor e muito zelo, e é tudo jogado por terra, tudo destruído de forma que você se sente inútil, você não tem forças para continuar ou fazer alguma coisa a mais, você tem medo da represália que sofre e você que preza pelas coisas organizadas e tudo conforme ensina que deve ser feito”, disse.

Alison reforça que tudo foi feito com muita organização e enfatiza que toda confusão foi gerada por pessoas que se infiltraram na torcida.

“Nós fizemos tudo, tudo, que fique bem claro, desde antes, durante e depois também, porque a gente que leva o nome da cidade, a gente que luta pelo esporte, a gente quer que tudo saia da melhor maneira possível, infelizmente não ocorreu, chegaram marginais que infiltrados foram diretamente para confusão e destruíram um espetáculo, destruíram uma festa que é construída diariamente com muito sacrifício, com ajuda de parceiros, de amigos, de patrocinadores”, destacou.

Bastante emocionado, Alison termina o vídeo enfatizando seu repúdio aos atos praticados.

“Deixo aqui meu repúdio, minha indignação, minha tristeza. Acho que não existe dor maior, mas agradecer a Deus que nada de mais grave aconteceu, nada de mais grave em relação à morte, ou agressão física. Tudo já foi muito grave, mas não teve nada além disso que pudesse ser pior, então, deixo aqui minha indignação, meu repúdio, meu esclarecimento como organizador do evento, como promotor, que tudo foi feito conforme rege a lei, com ofícios, com contatos, com ligações, prévias durante e depois do evento”, esclareceu.

Foto: redes sociais

NOTA DA FACULDADE

A Faculdade Católica emitiu uma nota de esclarecimento falando sobre o ocorrido e também repudiou os atos. A instituição reforça que conta com o esforço das autoridades competentes para investigar o caso “com rigor e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados”. Veja a nota na íntegra, abaixo.

Nota de esclarecimento

A Faculdade Católica da Paraíba vem a público manifestar seu veemente repúdio aos atos de violência ocorridos na noite de hoje, nas dependências de nossa instituição.

Esclarecemos que os jogos de futsal realizados em nosso ginásio são de inteira responsabilidade de seus organizadores e não integram nenhuma atividade oficial promovida pela Faculdade.

Lamentamos profundamente os acontecimentos e expressamos nossa indignação diante dos fatos. Esperamos que as autoridades competentes investiguem o caso com rigor e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.

Reafirmamos nosso compromisso com a paz, o respeito e a integridade de todos os que frequentam nosso espaço.

A Direção

COPA CAJAFUTSAL

Este ano é a 2ª edição da Copa CajaFutsal e a final ficou por conta das equipes ClubFit, da cidade de Sousa, e Celtics, de Cajazeiras.

O certame visa fomentar o esporte na região do Alto Sertão paraibano e este ano contou com 18 equipes de 9 munícipios, de 3 estados diferentes.

Os times participantes foram das cidades de Cajazeiras, São João do Rio do Peixe, Marizópolis, São José de Piranhas, Santa Helena, Triunfo, Uiraúna, Barro-CE e Luís Gomes-RN.

Ao Diário do Sertão, o organizador relatou que ainda não há uma data definida para o novo jogo da final, mas segundo ele, haverá uma reunião ainda nesta semana para resolver esta pendência. Alison garantiu também que a partida, possivelmente “será com portões fechados” para evitar novos problemas.

A CONFUSÃO NA FINAL

O jogo da final terminou em pancadaria na noite da última sexta-feira (23) no ginásio da Faculdade Católica da Paraíba, em Cajazeiras. Vídeos que circulam nas rede sociais mostram o tulmuto e grande movimentação dentro e fora da praça esportiva.

Foto: redes sociais

Várias guarnições da Polícia Militar foram até o local para conter a situação. De acordo com o relato da PM, as torcidas chegaram a arremessar pedras, cadeiras e outros objetos.

A Polícia Civil investiga o caso para a devida identificação dos possíveis vândalos.

DIÁRIO ESPORTIVO

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