Fuga de detentos de presídio da PB é destaque no Jornal Nacional; agentes correram com medo de morrer
“E quem ia entrar? Não entrava, não. Era entrar e morrer”, contou um agente que não quis se identificar.
A fuga do presídio PB-1 em João Pessoa foi destaque no Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão nessa segunda-feira (10).
Na fuga do grupo, o tenente da Polícia Militar Erivaldo Moneta foi baleado durante tiroteio na madrugada em frente a Academia da Polícia Civil. Ele acabou morrendo.
Agentes penitenciários correram para se abrigar. “E quem ia entrar? Não entrava, não. Era entrar e morrer”, contou um agente que não quis se identificar.
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Bandidos usaram explosivos contra o portão principal do presídio de segurança máxima de João Pessoa, na madrugada desta segunda-feira (10); 42 presos ainda estão foragidos.
Ainda estava escuro quando começaram as buscas pelos 92 fugitivos. Dona Francisca, que mora perto do presídio, acordou com o barulho de um homem pulando o muro da casa dela.
“Levaram a roupa do meu marido, mas foi só isso mesmo que levaram. Graças a Deus não mexeram com ninguém”.
Três fugitivos estavam escondidos em um mercadinho. Foi a maior fuga de presos da história da Paraíba. Cerca de 20 homens teriam participado do ataque, no início da madrugada desta segunda-feira. Com explosivos e fuzis ponto 50, capazes de perfurar aço blindado, eles colocaram abaixo o portão principal de um presídio de segurança máxima.
Moradores da região registraram o tiroteio. Agentes penitenciários correram para se abrigar.
“E quem ia entrar? Não entrava, não. Era entrar e morrer. Os caras tudo de ponto 50, fuzil, 762”, conta um agente que não quis se identificar.
Os bandidos, então, invadiram o presídio e usaram alicates para abrir as celas. Os detentos comemoravam.
No mesmo horário, outro grupo fechou a rodovia que dá acesso ao presídio. Um tenente da PM foi baleado na cabeça e morreu no hospital.
Segundo a polícia, a intenção era resgatar integrantes de uma quadrilha acusada de explosões de banco em todo o país.
A Secretaria de Segurança Pública prometeu reforçar o efetivo policial e dar uma resposta rápida à população.
O secretário estadual de Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca, disse que os agentes resistiram o quanto podiam, mas admitiu que as forças de segurança não têm o mesmo poder de fogo dos criminosos.
“Os agentes e os policiais, que bravamente iniciaram essa primeira troca de tiros, realmente tiveram que se abrigar”.
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