VÍDEO: Portadores de fibromialgia realizam ato na prefeitura e na Câmara de Cajazeiras cobrando direitos
Em alusão ao Dia Internacional de Conscientização da Fibromialgia, um grupo de portadores da doença realizou em Cajazeiras um encontro em busca de maior visibilidade e, principalmente, da implementação de políticas públicas garantidas por lei
Em alusão ao Dia Internacional de Conscientização da Fibromialgia, celebrado nesta segunda-feira, 12 de maio, um grupo de portadores da doença realizou em Cajazeiras um encontro em busca de maior visibilidade e, principalmente, da implementação de políticas públicas voltadas para as pessoas que convivem com essa condição.
A enfermeira Josirleide Oliveira, que enfrenta a fibromialgia há anos, enfatizou a crucial importância da luta pela conscientização sobre a doença.
“A gente quer dar visibilidade a essa dor. Por isso a gente está aqui hoje, na Câmara Municipal, para sermos vistas pelos vereadores, pela comunidade de Cajazeiras, solicitar também uma sessão especial para reivindicar o que já é de direito, o que já é lei, mas não é cumprido; conscientizar as pessoas que nem sempre a gente está bem para esperar em uma fila, em um banco, para ficar sentada três ou quatro horas como as outras pessoas que não têm a sensibilidade tão intensa como as que tem essa condição.”
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O grupo, majoritariamente composto por mulheres, existe há mais de 3 anos na cidade e tem 150 pessoas que sentem na pele os impactos da fibromialgia. Os portadores da doença marcaram a data com um ato de representatividade e um apelo urgente por ações concretas na cidade. Rosimery Bezerra fala da necessidade de acolhimento.
“Precisamos mostrar para as sociedade que o fibromiálgico precisa ser acolhido juntamente com o SUS. Por trás de nossa dor invisível existe um paciente que precisa de direitos assegurados pelo SUS e acompanhamento diariamente. A dor da fibromialgia é constante e real.”

Portadores de fibromialgia realizam ato na Prefeitura de Cajazeiras cobrando direitos (Foto: Fernanda Layse/DS)
Ana Célia, agente de saúde e portadora da fibromialgia, sofre com a falta de acolhimento no município e faz um apelo direto à gestão para que a lei que ampara essas pessoas seja cumprida, sobretudo com relação à validação das carteirinhas. “A nossa luta é para que aconteça a execução da lei existente no município de Cajazeiras, que ela seja posta em prática e que as plaquinhas de preferencial sejam colocadas nos ambientes.”
A mobilização teve como ponto de encontro a Prefeitura Municipal, de onde o grupo seguiu para a Câmara de Vereadores. Lá, participaram da sessão legislativa para formalizar suas reivindicações. Maria do Socorro de Sousa ressaltou a importância da data como um catalisador para a busca por seus direitos.
“Estamos na luta todos os dias procurando atendimento adequado. Não é fácil. A maioria de nós tem problema de ansiedade seríssimo; muitas de nós não estão tomando medicação porque não está tendo atendimento. Dessas 150 pessoas do grupo, eu acho que 50% estão sendo tratadas. A maioria está sem medicação, e na lei é bem claro que nós temos direito a remédio gratuito, psicólogo, psiquiatra, terapia, e não estamos tendo isso.”
A dona de casa Aparecida Madalena Ferreira expôs a realidade da falta de atendimento especializado para os portadores de fibromialgia em Cajazeiras, um dos principais obstáculos enfrentados por quem convive com a dor crônica.
“Infelizmente a gente está sendo negado, a gente não está sendo visto, a carteirinha que tiramos pelo município não está sendo aceita em lugar nenhum, e a gente pede aos vereadores, à prefeita e à vice-prefeita, que tenham mais visibilidade com nossa gente. A gente precisa de respeito e de acolhimento. Por trás da nossa dor existe um paciente que vive com dor 24 horas por dia.”
Durante a sessão, a vereadora Sara Sheyla abordou a questão dos atendimentos especializados e, em sua fala, se comprometeu a dedicar um olhar mais atento às necessidades do grupo e anunciou que a prefeitura realizará um evento com o objetivo de conscientizar a população sobre a fibromialgia.
Ela explicou, ainda, que atualmente o Município conta com apenas dois médicos reumatologistas para atender a essa demanda, mas a prefeita Corrinha Delfino já estaria mantendo contato com um terceiro profissional especializado.

Portadores de fibromialgia reivindicam direitos em Cajazeiras (Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão)

Portadores de fibromialgia reivindicam direitos em Cajazeiras (Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão)

Portadores de fibromialgia reivindicam direitos em Cajazeiras (Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão)

Portadores de fibromialgia reivindicam direitos em Cajazeiras (Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão)
DIÁRIO DO SERTÃO
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