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VÍDEO: Leonardo Gadelha revela chance de Ruy Carneiro ser prefeito de João Pessoa e ele retornar à Câmara

O ex-deputado federal também afirmou desconhecer a suposta 'briga' que teria gerado rumores de que Romero Rodrigues disputaria a eleição para a Prefeitura de Campina Grande em 2024

Por Priscila Tavares

24/04/2023 às 21h14 • atualizado em 25/04/2023 às 09h45

A TV Diário do Sertão, a Rede Mais e a Líder FM deram início à série ‘Brasília em Destaque’, onde diversas personalidades da política serão entrevistadas na Capital Federal, além de reportagens especiais. Na primeira entrevista, o ex-deputado federal, Leonardo Gadelha, falou sobre a incorporação do seu partido, o PSC, ao Podemos; os impasses na cidade de Sousa sem um representante na Câmara dos Deputados; a movimentação da oposição unindo forças para vencer o candidato do prefeito Fabio Tayrone (PSB) e a possibilidade de assumir novamente cadeira na Câmara Federal.

Leonardo Gadelha revelou que existe a chance de Ruy Carneiro (PSC) ser candidato a prefeito de João Pessoa em 2024 e que, se for eleito, Ruy abriria uma vaga do partido na Câmara para  primeiro suplente, que é Leonardo. “O convite está posto, todas as condições para que ele dispute a eleição dentro dos limites legais serão dadas a ele. Portanto, se ele permanecer no Podemos, tem o apoio incondicional e, mesmo que não permaneça, seria uma tendência natural que nós o apoiássemos”.

O ex-deputado afirmou desconhecer a suposto ‘estremecimento’ na relação do deputado federal Romero Rodrigues (PSC) com Bruno Cunha Lima (PSD), atual prefeito de Campina Grande, que teria gerado rumores de que Romero disputaria a eleição para a prefeitura de Campina em 2024.

“Eu desconheço essa briga entre Romero e Bruno. Acho que há sempre um interesse de pessoas em criar esse divisionismo, mas Romero e Bruno são egressos do mesmo agrupamento político, foram colocados na cena política por pessoas como Cássio, Ronaldo, Ivandro Cunha Lima. Aprenderam a praticar a boa política com os mesmos professores, com os mesmos mestres. Claro que podem ter aqui e ali visões dissonantes, isso é a essência da democracia, que bom que é assim, a gente não precisa concordar em tudo só precisa ter muito respeito. Eu acho que a tendência natural é que eles possam continuar compondo o mesmo grupo, que a gente tem uma candidatura de situação e dê continuidade a um modelo administrativo bem sucedido”.

Leonardo Gadelha (Foto: Reprodução/ TV Diário do Sertão)

Ele destacou que o projeto coletivo e o interesse da população de Campina Grande e da Paraíba estão acima de suas expectativas pessoas. “É claro que quando entrei no pleito de 2022 eu entrei com a expectativa de lograr êxito, de me eleger deputado federal, de poder dar o melhor de mim para representar bem o nosso estado, mas é algo muito maior que a minha vontade particular”.

Leonardo falou sobre a incorporação do PSC pelo Podemos e destacou a movimentação do partido em relação ao Governo do Estado e ao Governo Federal. Ele explicou que o PSC não atingiu a cláusula de barreira na última eleição, onde precisava obter 2% dos votos para deputado federal.

“A Legislação previa que a partir de fevereiro as legendas que não ultrapassassem a clausula de barreira deixariam de fazer jus ao fundo partidário, ao tempo de televisão e ao tempo de rádio. Essa é uma espécie de sentença de morte, nenhum partido consegue sobreviver, com raríssimas exceções, sem os recursos e sem a aparição no rádio e na televisão”, disse.

Leonardo Gadelha, Brasília em Destaque (Foto: Reprodução/ TV Diário do Sertão)

Após o partido não atingir o percentual da cláusula, Leonardo, contou que começaram a dialogar com algumas legendas e encontraram no Podemos um perfil parecido com o PSC. “Um partido que se identifica como de centro, que apoia algumas causas que são caras, aquilo que se convencionou de chamar de nova direita brasileira, mas também algumas pautas que são caras aos partidos mais progressistas; ele está justamente no centro do espectro político ideológico brasileiro, que nos dá muito conforto para atuar tanto em nível federal quanto em nível estadual”.

No cenário federal ele contou que o Podemos elegeu tanto deputados que se alinham mais com o governo do presidente Lula (PT), quanto com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Disse ainda que tudo está favorável para a incorporação dos partidos e que só falta a solicitação ir a plenário para que tenha a chancela dos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

“Tão logo isso aconteça, nós teremos uma reunião para decidir o futuro do partido. Vai ser necessário que a gente faça uma grande reunião de alinhamento, que a gente possa estabelecer as balizas para atuação do partido em nível nacional para que todos tenham liberdade para expor seus pontos de vista”.

Leonardo Gadelha destacou que no cenário estadual caminha no campo oposicionista há cerca de 13 anos e que no Podemos irá se manter na oposição, mas “de maneira respeitosa e construtiva”.

Sousa sem representação na Câmara dos Deputados

Leonardo Gadelha disse que Sousa vem perdendo relevância política pela ‘incapacidade de articular’ para eleger deputados. “É uma perda que hoje você consegue mensurar, você consegue calcular. Nós estamos falando, de saída, da largada de 60 milhões de reais. Então a cidade perde muito com isso, a gente acaba batendo na porta de outros deputados, dos três senadores, e eu vou fazer esse papel, vou pedir a esses amigos para que destinem recursos”.

José Dias Neto, Levi Dantas e Leonardo Gadelha, ‘Brasília em Destaque’ (Foto: Reprodução/ TV Diário do Sertão)

Movimentação da oposição em Sousa

“Eu acho que o cenário é muito promissor para uma candidatura de oposição. Existe algo que é sacrossanto nos regimes democráticos, que é a alternância de poder. É necessário que de tempos em tempos a gente mude as caras, os modelos, as práticas que estão sendo implementadas na gestão”, disse Leonardo Gadelha.

Ele falou que a oposição, vendo o cenário promissor, deve dialogar sobre a viabilidade eleitoral de alguém que seja agregador, com capacidade de planejamento moderno. No entanto, destacou algo que vem lhe incomodando em relação às pequenas cidades, quando supostas pesquisas apontam altas avaliações de prefeitos. Isso, segundo ele, pode indicar que a população está ‘se acostumando com pouco’.

“Eu fico me perguntando se a gente não está vivendo um fenômeno sociológico muito perigoso que é o da acomodação da população. As pessoas pararam de acreditar que é possível ter coisas melhores e estão se acostumando com a mediocridade, com governos que entregam muito pouco, que entregam o mínimo. A gente tem que ocupar os espaços governamentais em nível municipal, estadual e federal para promover saltos no processo de desenvolvimento”, ressaltou.

O ex-deputado Federal, avaliou também que algumas figuras políticas que tradicionalmente apoiavam o prefeito de Sousa estão ‘saturadas’ do modelo administrativo do atual governo municipal. Ele ainda destacou o nome de André Gadelha como possível candidato para disputa das eleições de 2024.

“O que eu posso garantir é que a cidade de Sousa vai ter uma alternativa que vá ao encontro daquelas condições que falei agora há pouco, de habilidade eleitoral, capacidade de agregação e percepção do mundo em que nós estamos inseridos”, disse.

O ex-deputado avaliou também como equivocada a decisão da vereadora Bruna Veras (PSC), que deixou a oposição sousense e se juntou à base do prefeito Fábio Tyrone. “Toda perda para mim é muito dolorosa, especialmente de uma vereadora como Bruna, que eu reputo como uma boa parlamentar mirim, gosto muito da sua atuação. Embora eu respeite todo e qualquer posicionamento, acho que é uma decisão equivocada, acho que a oposição tem mais a oferecer em matéria de ideias, de propostas nesse momento do que a situação”.

“A situação esgotou, vive uma fadiga dos materiais, você não vê nada novo, não vê uma iniciativa nova; quando vê uma obra se iniciando, já tem a percepção que ela vai demorar 12, 16, 18, 24 [meses]; nós tivemos obras na cidade de Sousa que consumiram mais de 60 meses para serem entregues, então a gente não tem expectativas de curto prazo, de mudança no cenário socioeconômico da cidade”, acrescentou.

BRASÍLIA EM DESTAQUE

Durante a semana, a TV e Rede Diário do Sertão, o portal MaisPB e a Blog do Levi realizam uma cobertura especial da semana agitada na capital federal, com a instalação da CPMI dos Atos de 8 de Janeiro.

Petson Santos, José Dias Neto, Levi Dantas e Wallison Bezerra entrevistam deputados e senadores paraibanos e repercutem com eles os principais fatos nacionais e traz os olhares da Paraíba sobre os assuntos na pauta principal do Congresso Nacional.

Assista a entrevista completa com Leonardo Gadelha 

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