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VÍDEO: Oftalmologista alerta para perigos de observar eclipse solar sem proteção adequada

O médico Ricardo Coelho trouxe dicas de como observar o evento de forma segura

Por Priscila Tavares

12/10/2023 às 17h56 • atualizado em 14/10/2023 às 18h19

Acontece neste sábado (14) o eclipse anular do Sol, e no Brasil, das regiões Norte e Nordeste, será possível ver o eclipse completo. Esse fenômeno astronômico ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, e o seu diâmetro aparente está menor do que o Sol. Como a sombra da Lua não cobre totalmente o Sol, cria-se um “anel de fogo” no céu.

O programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, recebeu o médico oftalmologista Ricardo Coelho, que alertou sobre os perigos de observar o eclipse sem proteção adequada e trouxe dicas de como se preparar para esse evento.

“O eclipse é um fenômeno da natureza, mas é um fenômeno que pode trazer danos. Temos estruturas no olho muito sensíveis e a radiação solar pode penetrar e trazer danos para algumas estruturas oculares”, explicou.

O médico falou que não se deve observar o Sol com óculos escuros normais, chapas de raio-x, telefones celulares ou câmeras fotográficas.

“Essas películas de radiografias não têm o filtro adequado para você observar o eclipse. Tem alguns meios apropriados para você vê o eclipse. Os telescópios têm que ter a presença de filtros para poder bloquear a entrada desses raios, existe aquelas máquinas de solda, de número 14, que vai dar uma proteção adequada e óculos, que vendem em lojas para astronomia, que já vem com esses filtros adequados. Fora isso não é preconizado nenhum outro tipo de meio”, afirmou.

“Temos que proteger essa estrutura do olho, que são células bem delicadas e pode levar a danos irreversíveis. São queimaduras na retina que podem comprometer a nossa visão, principalmente a nossa visão central”, completou.

O ideal para observar o eclipse é utilizar óculos específicos para observação ou filtros de solda número 14 ou maior, e sempre verificar se o equipamento tem o ISO 12312-2. Mesmo com esse filtro, não se deve olhar direto para o eclipse durante muito tempo. A observação não deve durar mais do que alguns segundos.

Eclipse solar (Foto: Imagem ilustrativa)

No Brasil será possível observar o eclipse de forma mais visível em partes dos Estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e em uma parte muito pequena de Pernambuco.

O eclipse terá duração total de 2 horas, mas o ponto máximo, quando o “anel dourado” formado pelo Sol atrás da Lua será visível, terá apenas cerca de 5 minutos. O oftalmologista explica que não é recomendado olhar diretamente para o sol por muito tempo.

“Dependendo do tempo de exposição, você pode apenas ter uma sensibilidade, um dano superficial, mas você pode danificar, em uma lesão mais séria, essas células que estão na retina, essa é a principal complicação”, pontuou.

O horário que o eclipse acontecerá é diferente em cada cidade e região do país. Na lista abaixo, veja os horários aproximados em cidades onde o eclipse anular será completo (em horário local):

  • Tefé (Amazonas): início às 13h39; ponto máximo às 15h11;
  • São Félix do Xingu (Pará): início às 15h04; ponto máximo às 16h34;
  • Araguaína (Tocantins): início às 15h12; ponto máximo às 16h49;
  • Balsas (Maranhão): início às 15h16; ponto máximo às 16h41;
  • Juazeiro do Norte (Ceará): início às 15h26; ponto máximo às 16h45;
  • Natal (Rio Grande do Norte): início às 15h28; ponto máximo às 16h45;
  • Campina Grande (Paraíba): início às 15h30; ponto máximo às 16h46;
  • João Pessoa (Paraíba): início às 15h31; ponto máximo às 16h46.

ATENÇÃO: Nunca olhe diretamente para o Sol. Um eclipse solar só pode ser observado com óculos específicos para a visualização do fenômeno ou  filtro especial. Não é recomendado usar placas de raio X, filmes fotográficos, celulares ou outros artefatos.

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