header top bar

section content

VÍDEO: Pastor de São João denuncia falta de acessibilidade em congresso de Enfermagem em João Pessoa

Pastor André Luiz diz que sua esposa, que no momento está impossibilitada de andar, teve que ficar mais de uma hora dentro do carro no "sol escaldante de João Pessoa" esperando uma cadeira de rodas

Por Priscila Tavares

24/10/2023 às 20h55 • atualizado em 24/10/2023 às 20h56

O pastor André Luiz da cidade de São João do Rio do Peixe, em entrevista ao programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, denunciou a falta de acessibilidade no 25ª Congresso Brasileiro de Enfermagem (CBCENF), que está acontecendo na cidade de João Pessoa, na Paraíba.

Ele contou que há aproximadamente dois meses sua esposa, Meire Franco Ferreira, sofreu um acidente doméstico e fraturou as duas pernas, estando impossibilitada de andar.

O pastor junto com a esposa e a filha, que ambas são enfermeiras, viajaram 500 km até a capital paraibana para participar do 25ª CBCENF, mas ao chegar no cogresso se depararam com uma enorme fila e a falta de cadeira de rodas para Meire.

“Quando chegamos aqui, para a nossa surpresa, ontem no credenciamento não tinha cadeira de rodas e aí ficou de um lado para o outro pedindo cadeira de rodas, a Meire dentro do carro num sol escaldante de João Pessoa. A falta de sensibilidade dos bombeiros civis, a falta de sensibilidade dos seguranças e dos ‘organizadores’, foi incrível, demorou mais de uma hora e meia para ela conseguir uma cadeira de rodas”, relatou o pastor.

Ele disse que após pedir inúmeras vezes pela cadeira e não conseguir, foi até um stand do SAMU (Serviço Móvel de Urgência), pediu uma cadeira de rodas emprestada e prontamente foi atendido. Segundo o pastor, os organizadores “ficaram envergonhados e começaram a correr atrás de uma cadeira de rodas”.

Meire e sua filah no 25ª CBCENF (Foto: Divulgação)

“Depois de uma hora e meia que foi aparecer uma cadeira de rodas num congresso de Enfermagem com mais de 23 mil pessoas. Você sente na pele, por isso eu falo sempre: todo grupo minoritário tem que lutar pelos seus direitos. A Meire está com uma incapacidade temporária e foi tratada dessa maneira. A falta de sensibilidade, de amor, de empatia é algo terrível”, ressaltou.

O pastor André contou que enviou a denúncia para a ouvidoria do Coren-PB e Cofen e pede uma resposta dos órgãos responsáveis.

“A gente quer realmente uma resposta com relação a isso. Mais do que nunca é preciso lutar, é preciso exigir mesmo. Porque, as vezes são pessoas que se tornam invisíveis. Quanto que é falado em relação ao portador de deficiência física, é falado um monte e mesmo assim se torna invisível num congresso com 23 mil profissionais da área da saúde”, pontuou.

Deixamos o espaço, na Rede Diário do Sertão, caso o Cofen, o Coren-PB ou a organização do 25º CBCENF desejem se manifestar em relação ao ocorrido, nosso e-mail para contato: [email protected].

PORTAL DIÁRIO

Recomendado pelo Google: