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Governo entrega Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 ao Supremo Tribunal Federal

Lewandowski também votou para que o Executivo tenha de atualizar o plano a cada 30 dias até o final de 2021, e que envie a atualização mensalmente ao Congresso.

Por Juliana Santos

12/12/2020 às 18h00

Governo entregou o Plano de Vacinação do STF. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

O governo entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado (12), o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) aconteceu no âmbito de duas ações em que a oposição pediu ao tribunal que obrigasse o presidente Jair Bolsonaro a apresentar um plano de aquisição de vacinas que contemple todas as alternativas viáveis e que adotasse todos os procedimentos administrativos indispensáveis para a compra do imunizante contra a Covid-19.

“Apresento, de forma anexa ao presente expediente, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, diz o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no documento entregue ao Supremo.

O plano não traz, no entanto, a data de início da vacinação no Brasil. De acordo com o documento, para “a incorporação da nova vacina no Calendário Nacional de Vacinação faz-se necessária a aprovação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.

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Com a apresentação do plano ao tribunal, o ministro Ricardo Lewandowski, que é o relator dessas ações no Supremo, pediu que o julgamento fosse retirado da pauta do plenário da corte. O presidente Luiz Fux havia marcado a discussão para o próximo dia 17.
Lewandowski divulgou antecipadamente seu voto, no fim de novembro. O ministro disse ser imprescindível o Executivo enviar ao STF em 30 dias um plano “detalhado acerca das estratégias que está colocando em prática ou pretende desenvolver para o enfrentamento da pandemia”. Neste sábado, o governo cumpriu a determinação do magistrado.

Em seu voto, o ministro também defendeu que fosse exigida do Palácio do Planalto a apresentação de um programa com ações, parcerias e cronograma financeiro que garantam “a oferta e distribuição tempestiva, universal e gratuita de vacinas”.

Para o magistrado, o planejamento é necessário para garantir “a imunização de toda a população brasileira, segundo critérios técnicos e científicos pertinentes, assegurada a maior cobertura vacinal possível, no limite de suas capacidades operacionais e orçamentárias”.

Lewandowski também votou para que o Executivo tenha de atualizar o plano a cada 30 dias até o final de 2021 e que envie a atualização mensalmente ao Congresso “para fins de fiscalização e controle”.

PORTAL DIÁRIO com CNN

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