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VÍDEO: Esperança de vida ao nascer no Brasil fica em 75,5 anos em 2022, de acordo com pesquisa do IBGE

O estudo "Tábuas da Mortalidade" mostra pela primeira vez impacto da pandemia na expectativa de vida

Por Portal Diário e Ascom IBGE

29/11/2023 às 18h28 • atualizado em 29/11/2023 às 18h29

Uma pessoa nascida no Brasil em 2022 tinha expectativa de viver, em média, até os 75,5 anos. Para os homens, esta expectativa era de 72,0 anos e para as mulheres, de 79,0 anos. Estimativas indicam que a esperança de vida caiu de 76,2 anos em 2019 para 74,8 anos em 2020 e para 72,8 anos em 2021. A queda desse indicador refletiu o aumento das mortes relacionado à pandemia de Covid-19.

Em 2022, a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, ou seja, a taxa de mortalidade infantil, era de 12,9 para cada mil nascimentos, sendo 13,9 para homens e 11,7 para mulheres.

Essas informações estão disponíveis na Tábua de Mortalidade 2022, divulgada nessa quarta-feira (29) pelo IBGE, que trazem as expectativas de vida nas idades exatas até os 90 anos, para o Brasil, e são usadas como um dos parâmetros para se determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

As Tábuas de Mortalidade construídas para 2022 utilizaram dados diretos de óbitos (ajustados por sub-registro) e da população recenseada em 2022 para cálculo das taxas de mortalidade. Portanto, os resultados refletem a mortalidade da população brasileira, por idade, em um ano que ainda se observa um aumento nos óbitos em relação ao período anterior à pandemia de Covid-19. Esse aumento nos óbitos está refletido na esperança de vida ao nascer de 75,5 anos.

Ou seja, espera-se que um recém-nascido em 2022 viva, em média, 75,5 anos, caso este vivencie ao longo de sua vida os mesmos níveis de mortalidade que a população apresentou em 2022, em cada idade. O mesmo raciocínio pode ser feito para as esperanças de vida a partir de qualquer idade.

Em uma breve análise da evolução dos óbitos, pode-se observar um aumento gradual nos registros do total de óbitos no Brasil ao longo da década de 2000 e 2010, passando de menos de 1 milhão de óbitos registrados em 2000 para cerca de 1,349 milhão em 2019.

Em 2020, como consequência da crise sanitária que afetou o país e o mundo devido à pandemia de Covid-19, tem-se significativo aumento no número absoluto de óbitos registrados, passando a 1,556 milhão e atingindo o valor extremo em 2021, de 1,832 milhão de óbitos. Em 2022, nota-se a diminuição do valor absoluto de óbitos registrados, para 1,542 milhão, atingindo valores ainda elevados em relação à tendência histórica pré-pandemia.

A taxa de mortalidade infantil calculada através da razão dos óbitos observados e corrigidos, em relação aos nascidos vivos também corrigidos, indica que de cada 1000 crianças nascidas vivas, 12,9 vieram a falecer antes de completar 1 ano, em 2022.

Os próximos anos devem ser marcados de um lado, pelo aumento dos óbitos como reflexo do envelhecimento da população. Por outro lado, deverá haver redução do excedente de óbitos entre os idosos devido ao arrefecimento da pandemia por Covid-19.

Para 2024, também deverão ser divulgadas as Tábuas de Mortalidade de 2022 para as Unidades da Federação do Brasil, que servirão de insumo para as projeções de população por Unidade da Federação. Assim, como no caso do Brasil, será importante avaliar para cada Unidade da Federação o efeito do ajuste das taxas de mortalidade sobre os dados históricos de população e de óbitos, sendo importante para isso utilizar informações do Censo Demográfico que ainda não estão disponíveis nesse momento, tais como as estimativas de migração interna e os resultados da Pesquisa de Pós Enumeração do Censo 2022.

PORTAL DIÁRIO

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