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Coordenador de Pastoral lamenta proibição por parte prefeitura em distribuir comida aos moradores de rua

“Ficamos desnorteados. Estavam cerca de 25 pessoas comigo. Toda segunda-feira a gente distribui”, explicou ele

Por Diário do Sertão

05/11/2019 às 19h09 • atualizado em 05/11/2019 às 19h11

O Coordenador de Pastoral, Zil Bezerra, em entrevista à TV Diário do Sertão nessa segunda-feira (04) lamentou a proibição por parte da prefeitura de João Pessoa de distribuir comida para moradores de rua.

De acordo com Zil Bezerra, a informação partiu da Guarda Municipal de João Pessoa, alegando que autuaria as pessoas que estavam fazendo a boa ação, caso insistissem.

“Ficamos desnorteados. Estavam cerca de 25 pessoas comigo. Toda segunda-feira a gente distribui”, explicou ele

O coordenador disse que ficou triste, pois a ação é rotineira, e que é grandiosa pra Deus. “Doarmos um pouco do que temos”, compartilhou Zil, informando que distribui alimento aos moradores de rua há cinco anos.

PREFEITURA
Em nota, a prefeitura disse que houve apenas uma recomendação para que não fosse feita a distribuição de sopa na Praça João Pessoa, após denúncias de vandalismo no local.

Caso gerou polêmica na capital paraibana

NOTA
Sobre a ação preventiva realizada na noite de ontem (04/11), na Praça João Pessoa, a Prefeitura esclarece:

– A administração reforça o apoio às medidas que fortalecem a segurança alimentar de pessoas em situação em vulnerabilidade social, a exemplo da distribuição de sopas realizada por grupos como a Pastoral da Solidariedade da Arquidiocese e de iniciativas municipais como as cozinhas comunitárias e os restaurantes populares.

– A recomendação feita excepcionalmente na última segunda-feira, no momento da distribuição da sopa, restringiu-se apenas à Praça João Pessoa, espaço onde foi realizada uma Operação da Guarda Municipal e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), depois de recorrentes denúncias de vandalismo, tráfico de drogas e de exploração sexual.

Caso gerou polêmica na capital paraibana

– No local, foram encontradas armas brancas, objetos perfurantes e fogareiros que poderiam colocar em risco a integridade de quem circula na área, cuja revitalização foi realizada pela atual gestão. Na manhã desta terça-feira (05), uma equipe já retomou os serviços de reparos e manutenção dos espaços recentemente degradados.

– Em função das denúncias recebidas e do material apreendido, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) se reúne com a Pastoral, na próxima sexta-feira (08), para definir um novo espaço de doação, suspendendo apenas a Praça João Pessoa como ponto de distribuição. As demais áreas de entrega de sopa – como o entorno da Caixa Econômica Federal, Praça Dom Adauto e Rodoviária -, permanecem liberadas para a ação dos grupos da Igreja.

Caso gerou polêmica na capital paraibana

– A política de assistência social da Capital dispõe de 10 casas de acolhida (para adultos, idosos, famílias, inclusiva e para crianças e adolescentes). As pessoas em situação de rua têm acesso ao Centro Pop – onde podem comer, tomar banho e participar de atividades de reinserção e retomada dos vínculos familiares -, além do Serviço Especializado em Abordagem Social (Ruartes), que também prestam atendimento às pessoas em condição de vulnerabilidade social.

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