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Cidades brasileiras registram atos em defesa da educação

Até por volta de 11h, ao menos 32 cidades de 11 estados e do Distrito Federal haviam tido manifestações.

Por G1

30/05/2019 às 11h25

Protestos acontecem em todo o país

Cidades brasileiras registraram nesta quinta-feira (30) protestos em defesa da educação. Até por volta de 11h, ao menos 32 cidades de 11 estados e do Distrito Federal haviam tido manifestações.

Este é o segundo dia de protestos pelo país contra os cortes anunciados pelo governo federal para o setor. Em algumas cidades, como Caruaru (PE), São Carlos (SP) e Teresina (PI), houve paralisação com adesão de professores em instituições federais de ensino.

Os primeiros atos ocorreram em 15 de maio, quando ao menos 222 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tiveram protestos em favor da educação.

No último domingo, houve uma nova onda de protestos, dessa vez em defesa do presidente Jair Bolsonaro. Os atos pró-governo federal e em favor de medidas como a reforma da Previdência e a ministerial se espalharam por ao menos 156 cidades de todas as unidades da federação.

Entenda os cortes na educação
Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o governo federal contingenciou R$ 5,1 bilhões da educação;
Dos R$ 5,8 bilhões cortados, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal;
Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado;
Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio;
Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte anunciado em março;

São Paulo

No interior de São Paulo, o protesto em Ribeirão Preto ocorreu em frente ao campus da USP e durou duas horas. Manifestantes distribuíram panfletos e exibiram cartazes e faixas com frases como “Sem investimento não haverá conhecimento” e “A educação resiste”. Houve bloqueio de uma via na entrada da instituição, o que deixou o trânsito lento perto da universidade.

Em Santos, petroleiros fizeram ato em apoio aos estudantes e em defesa das refinarias, contra a privatização e a Reforma da Previdência

Em Araraquara, um grupo de estudantes protestou na portaria do campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Eles permitiram a entrada de funcionários terceirizados e alunos que desenvolvem algum tipo de pesquisa científica.

Em São Carlos, estudantes, professores e servidores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) saíram em passeata direção ao Centro da cidade. Houve paralisação na UFScar, segundo a associação de professores, mas a assessoria de imprensa da universidade informou que a adesão é uma decisão pessoal e que a instituição funciona normalmente.

Em Tupã, estudantes e moradores participaram de uma mobilização na frente do campus do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Pais e professores também se juntaram ao ato, numa aula aberta que começou por volta de 7h30.

Bahia
Na Bahia, professores e estudantes fizeram ato nesta manhã ato no Centro de Salvador. A concentração começou por volta das 9h, no Largo do Campo Grande. Também houve protesto em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros da capital baiana.

Pernambuco
Em Caruaru, no Agreste pernambucano, o ato pela educação também incluiu a pauta contra a reforma da Previdência. Professores, alunos e representantes de partidos e associações participam do movimento.e saíram em caminhada pelas principais ruas do Centro segurando cartazes e gritando palavras de ordem. O campus da cidade do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) aprovou a paralisação das aulas nesta quinta. No campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cada professor irá decidir se dará aula ou não.

Piauí

Em Teresina, um grupo de manifestantes se reuniu na Praça da Liberdade, no Centro de capital piauiense, e saiu em passeata pelas ruas. Professores da Universidade Federal do Piauí informaram que aderiram à greve, e há a previsão de que algumas aulas sejam suspensas nesta quinta.

Maranhão

Em São Luís, estudantes distribuíram panfletos na Avenida dos Portugueses informando aos motoristas sobre os objetivos do ato e bloquearam acessos na entrada e na saída da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Sergipe
Em Sergipe, um grupo de estudantes fechou o principal acesso do campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no município de São Cristóvão (SE). As audiências no Fórum Prof. Gonçalo Rollemberg Leite, localizado dentro do campus, foram suspensas porque os magistrados, servidores, advogados e os jurisdicionados foram impedidos de entrar na unidade.

Ceará
No Ceará, até por volta de 10h30, ao menos cinco cidades do interior tiveram atos pela educação. Manifestantes protestaram em Iguatu, Itapipoca, Itarema, Barbalha e Quixadá.

Paraná

No Paraná, um grupo de alunos, professores e funcionários da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em Cascavel participaram de ato.

Mato Grosso

Em Mato Grosso, manifestantes se reuniram em Rondonópolis e Tangará da Serra, cidades a 218 e 242 km de Cuiabá, respectivamente.

Pará

No Pará, houve paralisações de docentes, alunos e técnicos em ao menos quatro cidades. Em Belém, estão suspensas as aulas na UFPA, UFRA e IFPA. Os portões da UFPA em Altamira, em Tucuruí e na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em Marabá, também fecharam.

Fonte: G1 - https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/05/30/cidades-brasileiras-registram-atos-em-defesa-da-educacao.ghtml

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