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VÍDEO: Engenheiro relata história das ferrovias no Brasil e diz o porquê não é viável reconstruí-las

O docente falou que o Brasil já teve uma das maiores malhas ferroviárias do mundo, e hoje possui uma das menores

Por Luiz Adriano

13/09/2022 às 18h44 • atualizado em 13/09/2022 às 18h50

O engenheiro civil Fernando Figueiredo, participou do programa Diário News da TV Diário do Sertão, e falou sobre o surgimento das ferrovias no Brasil, como se deu sua ascensão, sua queda, e ainda explicou se é viável ou não investir no referido setor em dias atuais.

SURGIMENTO

O professor explicou que as ferrovias no Brasil começaram a se expandir ainda no século XIX, na década de 1850, no período imperial, no segundo império de D. Pedro I, pelo visconde de Mauá.

PRODUÇÃO DO CAFÉ

Fernando disse que as ferrovias começaram a ser construídas no Brasil integrando as cidades e os estados, a partir da produção do café. O período ‘Café com Leite’ marcou a fase de sucesso e expansão das linhas férreas. O produto exportador precisava escoar e tinha como principal comprador a cidade de Nova York, nos Estados Unidos.

As ferrovias eram privadas – O estado brasileiro dava uma concessão às empresas para que elas pudessem expandir as ferrovias. Além do escoamento do café, o transporte de passageiros também interligava o comércio dos trens.

O docente disse também que em estados nordestinos como a Paraíba, predominava o transporte de algodão.

Imagem ilustrativa – reprodução/internet

QUEDA

Segundo Fernando Figueiredo, a ascensão das ferrovias se deu devido à produção do café e o declínio das linhas ferroviárias também aconteceu pelo mesmo motivo.

Em 1929, com a queda da Bolsa de Nova York, o produto cafeeiro também entrou em colapso e gerou o efeito dominó, isto é, os empresário quebraram e consequentemente consigo caíram a força das ferrovias.

O professor explicou que na década de 30, já na era Getúlio Vargas, a produção em massa de veículos com o combustível muito barato, prejudicou mais ainda as ferrovias.

INVIABILIDADE NOS DIAS DE HOJE

O profissional disse que para construir uma nova linha férrea no Brasil, precisaria recuperar todas as bitolas métricas, o que segundo ele, seria inviável pelo custo financeiro muito alto. “É mais barato fazer uma rodovia do que uma ferrovia”, explicou.

Fernando falou que o Brasil já teve uma das maiores malhas ferroviárias do mundo, e hoje possui uma das menores.

Fernando Figueiredo é engenheiro civil formado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e é professor no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), de Cajazeiras.

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