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VÍDEO: Jornalista critica colegas que “já sentenciaram” padre suspeito no escândalo do Hospital Padre Zé

Rubens Nóbrega, âncora do Observatório Debate, criticou parte da mídia que, segundo ele, está fazendo uma espécie de "tribunal" jornalístico na cobertura do caso do Hospital Padre Zé, em João Pessoa

Por Jocivan Pinheiro

28/10/2023 às 18h55 • atualizado em 28/10/2023 às 21h31

O jornalista paraibano Rubens Nóbrega, âncora do Observatório Debate, programa do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor) no YouTube, criticou parte da mídia que, segundo ele, está fazendo uma espécie de “tribunal” jornalístico na cobertura do caso do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

A operação “Indignus”, composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado da Paraíba; a Polícia Civil da Paraíba; a Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e a Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, apura o desvio de recursos do Hospital Padre Zé durante a antiga gestão da unidade hospitalar, que era comandada pelo padre Egídio de Carvalho Neto, principal alvo da força-tarefa.

Para o jornalista Rubens Nóbrega, uma parte da imprensa paraibana, sobretudo portais e rádios, estaria “sentenciando” o principal suspeito sem antes ouvir a versão dele.

“Todos os colegas com os quais eu converso, eu notei uma coisa: eles já sentenciaram o Padre Egídio e ninguém ouviu o Padre Egídio. Alguns portais se restringem a colocar as informações que, na sua maioria das vezes, tem como fonte única: ou a polícia ou o substituto do Padre Egídio ou o GAECO, que entrou nessa e até hoje eu não entendi por que. Então, você já tem uma opinião formada, e o que é pior: já nessa derivação perigosa, que é de incluir o próprio arcebispo Dom Delson como uma espécie de cúmplice. É uma coisa absurda e eu realmente fico indignado com isso”, declarou o jornalista.

Hospital Padre Zé, em João Pessoa. (Foto: Juliana Alves/Portal T5)

Rubens Nóbrega ressalta que quem vai apontar culpados e inocentes são as investigações e o processo legal, que pressupõe a defesa dos suspeitos e denunciados.

“Toda a produção jornalística – e eu tenho que botar uma aspa aí – é no sentido de apresentar: esse cara é o culpado. Só que ele não foi ouvido e ele tem o direito à defesa A defesa, inclusive, ante a mídia, porque a mídia criou um tribunal, a mídia já é um tribunal por si”, diz Nóbrega.

Colunista no Diário

Rubens Nóbrega, jornalista há quase 50 anos e que atuou em quase todos os veículos de comunicação da Paraíba, agora também faz parte do elenco de colaboradores do Diário do Sertão e o fará como observador credenciado e âncora do Observatório Debate.

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