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VÍDEO: Vereadora critica “Museu da cannabis” instalado em João Pessoa e parlamentar petista contesta opinião

O tema repercutiu nas duas sessões ordinárias da semana. A parlamentar anunciou que protocolou dois Projetos de Lei Ordinária que abordam a conscientização sobre os malefícios da maconha

Por Portal Diário com informações da Câmara de João Pessoa

27/04/2023 às 17h03 • atualizado em 27/04/2023 às 17h08

A vereadora Eliza Virgínia (PP) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão ordinária da última terça-feira (25), para repercutir seu Voto de Repúdio à criação do Museu da Cannabis na capital paraibana. Para a parlamentar, o equipamento é apenas um pretexto para descriminalização do uso recreativo da maconha.

O tema repercutiu e novamente na sessão ordinária desta quinta-feira (27) houve discórdias nas opiniões entre parlamentares. Na reunião de hoje a parlamentar anunciou que protocolou dois Projetos de Lei Ordinária que abordam a conscientização sobre os malefícios da maconha.

Um dos projetos denomina-se: “Escola sem maconha”, que determina a implantação de ações para conscientização sobre os malefícios da droga nas escolas do município de João Pessoa. Já o PLO diz respeito à regulamentação em alerta de rótulos, estabelecimentos comerciais e centros de distribuições acerca dos malefícios causados pela maconha na Capital paraibana.

“Redução de energia e da motivação, perda de memória, comportamento violento e irritabilidade, náuseas, vômitos, perda de peso, desencadeamento de transtornos mentais e psiquiátricos, doenças cardíacas e respiratórias, dependências. Esses são alguns dos malefícios da maconha no organismo, inclusive de adolescentes”, arguiu a vereadora.

Vereadora Eliza Virgínia (PP) e o vereador Marco Henrique (PT) – foto: reprodução / TV Câmara JP

“É público e notório o que estão tentando fazer: romantizar o uso da maconha. Isso nós vemos até nas praias de João Pessoa. Ontem, o presidente da Associação Brasileira de Apoio a Cannabis Esperança (Abrace), em uma entrevista, chegou a dizer que a maconha tinha sido liberada. Porque nós chegamos às praias, chegamos às praças e tem um monte de maconheiro fumando maconha. Mas não foi liberado. A maconha ainda é uma droga proibida que não pode ser vendida, não pode ser consumida e que não pode haver apologia”, explicou a vereadora.

Ela explicou o que é apologia, afirmando que é fazer insinuação, oferecer, mostrar, fazer a propaganda. “É isso que tem na frente dos estabelecimentos aqui. Uma grande placa mostrando maconha e um remedinho discreto, mas muita maconha atrás dizendo: esse remédio é pra você. Mais uma vez, a todas essas cinco mil ou três mil famílias que estão precisando do remédio, do óleo da maconha ou do cannabis, para soar melhor, porque é científico. Não tenho problema quanto a isso. Não é disso que se trata. Não é do uso medicinal da planta maconha que nós estamos falando”, asseverou.

A vereadora continuou a discorrer sobre o que acredita ser a intenção da criação do Museu da Cannabis na capital paraibana “Estamos falando aqui do que está por trás dessa intenção, de tanta apologia, de tanta propaganda, e de até um museu da maconha pra mostrar a seu filho, pra mostrar aquelas pessoas que maconha não tem nada de mais. Vai aos poucos ganhando terreno. Vai romantizando. É politicamente correto falar de bem da maconha. Mais uma vez sou contra e essa Casa repudiou o museu. Não podemos fazer apologia a tipo de droga nenhuma. Não estou falando só da maconha”, assentiu.

De acordo com ela, não se pode fazer apologia a dipirona nem ao uso de remédios para dormir. A parlamentar ainda alertou que muitas pessoas compram remédios clandestinamente e destacou que já foi liberada a venda da cannabis para fins terapêuticos e quem precisar deve comprar com sua prescrição liberada por um médico.

“Não há necessidade de tanta apologia às drogas. Protocolei os dois projetos. Vamos seguir na luta contras as drogas, que é uma luta minha e de muitos brasileiros. Choro pelas mães que estão aí vendo seus filhos acabados. Quantos jovens adolescentes e até pais de famílias não começaram com a maconha e hoje estão no crack, na heroína, na cocaína e nessa nova que deixa todos como um zumbi, a K9. É por essas pessoas que não podemos fazer apologia a nenhum tipo de droga”, finalizou.

CONTRÁRIO

O vereador Marcos Henrique (PT) acusou Eliza de “querer lacrar” com o voto de repúdio ao Museu da Cannabis. Ele também criticou a apresentação dos projetos por ela anunciados.

Segundo o petista, a vereadora é “extremista”. Ele ressaltou que “ela quer lacrar porque fala com um público específico”.

“Essa casa tem que ser seletiva, tem que entender o que está sendo votado e não deixar que isso aconteça. Precisamos defender essa casa. Não podemos deixar esses absurdos e fanatismo religioso passar. Nós estamos sendo vistos por toda Paraíba”, destacou o parlamentar.

O MUSEU

Na manhã da última segunda-feira (24), o primeiro museu permanente e oficial da cannabis em todo o Brasil foi inaugurado no prédio onde morou o ex-governador e ex-senador da Paraíba José Maranhão, já falecido, no Centro da Capital.

O requerimento sobre o Voto de Repúdio da vereadora foi aprovado com os votos contrários dos vereadores Junio Leandro (PDT), Marcos Henriques (PT) e Toinho Pé de Aço (PMB). O vereador Odon Bezerra (PSB) absteve-se da votação.

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