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Acusado de Golpe de Estado, Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente de Bolsonaro, é preso no RJ

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na residência do investigado. Conforme a PF, as medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas

Por Luiz Adriano

14/12/2024 às 09h37

General Walter Braga Netto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

O general da reserva do Exército Braga Netto, que é ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022, foi preso na manhã deste sábado (14) em Copacabana, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na residência do investigado.

Braga Netto é alvo da investigação que apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder.

Em 19 de novembro deste ano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, para desarticular a organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.

As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).

De acordo com o STF, a operação denominada pelos investigados de “Copa 2022”, tinha por finalidade monitorar e eventualmente prender ou assassinar figuras-chave, como o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, visando impedir a posse no cargo.

De acordo com o Blog da Andréia Sadi, Braga Netto “será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército”.

Nota da PF neste sábado (14)

Brasília/DF. A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado (14/12), mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas.

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